O ataque grosseiro de Pedro Bial a Petra Costa não foi por acaso
Ao atacar de maneira grosseira Petra Costa, autora do documentário brasileiro que concorre a um Oscar, Pedro Bial está sendo o garoto propaganda das ideias da Rede Globo, que, até as pedras sabem, de democráticas nada têm
Diógenes Allende, via Facebook
Será com bastante constrangimento que usarei a palavra “jornalismo” nesse texto, aliás peço antecipadamente perdão aos colegas jornalistas pela injusta agressão.
Pedro Bial não é, nunca foi nem jamais será jornalista.
Nem quando cobriu a Guerra do Golfo e a Queda do Muro de Berlim Pedro Bial fez jornalismo.
O que Pedro Bial faz é crime.
Pedro Bial é um criminoso.
É sequestro o que Pedro Bial faz diante das câmeras.
Pedro Bial é pago para sequestrar o emocional das pessoas de acordo com o ideário de quem paga seu salário.
Não é à toa que tem alugado sua imagem, assim como sempre fez com sua pena e voz, para a FEBRABAN, a Federação Brasileira dos Bancos.
Ele é o garoto propaganda ideal para essa empreitada.
Quando Bial disse que “balé é coisa de viado”, Bial estava sendo Bial, assim como estava sendo ele mesmo quando disse sua melhor frase de efeito, sobre o uso de protetor solar.
Uma nulidade, um sujeito tão profundo quanto um pires raso.
Mas quando Bial ataca o documentário “Democracia em Vertigem”, quando faz um ataque contra Petra Costa, diretora da obra, Bial está sendo o garoto propaganda das ideias da Rede Globo, que, até as pedras sabem, de democráticas nada têm.
Que envergadura moral tem Bial para ousar falar sobre “democracia”, ele que se refere ao golpe de 64 como “revolução”?
Que envergadura moral tem Bial para falar sobre “ficção”, ele que alugou sua pena para que dela saíssem as tintas que pintaram seu (falecido) patrão, Roberto Marinho, a quem ele chama servilmente de “doutor Roberto”, com tintas coloridas de verde amarelo mas como costumo dizer, “verde amarelo sem vermelho e sem vergonha”?
Travestindo de herói com capa e democrata a biografia de um sujeito que tanto mal fez para o Brasil e sua tão frágil democracia, tão frágil que caiu?
O sequestrador do emocional dos brasileiros Pedro Bial deveria mesmo era assumir-se como porta voz do bolsonarismo em posto avançado, dentro da Rede Globo.
Poucas vezes o jornalismo foi tão vilipendiado e mal representado.
Se eu fosse o Bial, além de protetor solar, eu usaria óleo de peroba para proteger o rosto dos raios solares, mas sobretudo proteger da enorme vergonha que está passando nas redes sociais.
Quem és tu, Pedro Bial, na festa do Oscar?
Quem és tu na vida?
Enquanto Petra Costa desfilará no tapete vermelho na festa do Oscar, Pedro Bial sequer será chamado para estacionar os carros dos convidados.
Aliás a profissão de manobrista é muito honrada, diferentemente da ocupação de Bial, que é manobrar, defendendo o indefensável e atacando o inatacável.
Petra Costa, vencendo ou não, você é uma vitoriosa.
Pedro Bial, você não passa de um arremedo de si mesmo.
Uma figura asquerosa.
Você está morto, e morto de horrível morte.
Uma morte moral, que não mata, antes deixa envergonhado, morto de vergonha, mas vivo.
Pedro Bial, você é o morto-vivo do Jornalismo.