Redação Pragmatismo
Saúde 24/Mar/2020 às 08:44 COMENTÁRIOS
Saúde

Brasil não pode parar “por 5 ou 7 mil mortes”, diz dono do Madero

Publicado em 24 Mar, 2020 às 08h44

Bolsonarista fervoroso, sócio de Luciano Huck entra na disputa com Roberto Justus pelo troféu de declaração mais calhorda do ano. Dono dos restaurantes Madero, empresário é contra as medidas restritivas para combater o coronavírus

Junior Durski madero coronavírus
Junior Durski

O empresário Junior Durski, dono dos restaurantes da rede Madero, criticou as medidas restritivas impostas ao comércio e indústria para combater a disseminação do novo coronavírus no Brasil.

Para ele, os danos econômicos serão maiores do que as possíveis mortes causadas pela Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, a doença já matou 34 pessoas e apresenta mais de 1.800 casos. O posicionamento é semelhante ao de Roberto Justus.

“O país não aguenta, não pode parar dessa maneira. As pessoas têm que produzir e trabalhar. Não podemos [parar] por conta de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer. Isso é grave, mas as consequências que vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, argumentou.

Sócio de Luciano Huck e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Durski também opinou que “infectologistas não podem decidir” pela paralisação do país.

Além disso, ele avaliou que o país têm outros problemas graves, como a fome e segurança pública, que vão causar a morte de mais problemas.

“Não podemos evitar [o coronavírus]. Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar. O Brasil vai ter, eu não sei, 200, 300, 400 mil mortos nos próximos dois anos de fome e assassinato porque a segurança pública não vai ter dinheiro para investir. E tava melhorando muito (sic)”, completou.

Para completar, Durski prevê que coronavírus pode causar o desemprego de 40 milhões de pessoas. “Isso vai ser o caos e eu não estou falando por mim. A minha empresa tem condições, recursos e caixa para passar seis meses parado, mas eu estou preocupado com o Brasil. A pessoa que tem um mercadinho, barzinho ou restaurantinho… Esse vai quebrar e não vai ter o que fazer”, finalizou.

O pensamento do empresário também vai ao encontro do que tem dito Jair Bolsonaro. Para o presidente, está havendo uma “histeria” por parte da mídia. Na última semana o chefe do Executivo chamou o coronavírus, que já matou 16.284 pessoas em todo mundo, de uma “gripezinha”.

Bolsonaro também tem, constantemente, criticado os governadores estaduais que estão tomando medidas aos moldes do que é aconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e restringido as aglomerações.

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