Bolsonarista fervoroso, sócio de Luciano Huck entra na disputa com Roberto Justus pelo troféu de declaração mais calhorda do ano. Dono dos restaurantes Madero, empresário é contra as medidas restritivas para combater o coronavírus
O empresário Junior Durski, dono dos restaurantes da rede Madero, criticou as medidas restritivas impostas ao comércio e indústria para combater a disseminação do novo coronavírus no Brasil.
Para ele, os danos econômicos serão maiores do que as possíveis mortes causadas pela Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, a doença já matou 34 pessoas e apresenta mais de 1.800 casos. O posicionamento é semelhante ao de Roberto Justus.
“O país não aguenta, não pode parar dessa maneira. As pessoas têm que produzir e trabalhar. Não podemos [parar] por conta de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer. Isso é grave, mas as consequências que vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, argumentou.
Sócio de Luciano Huck e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Durski também opinou que “infectologistas não podem decidir” pela paralisação do país.
Além disso, ele avaliou que o país têm outros problemas graves, como a fome e segurança pública, que vão causar a morte de mais problemas.
“Não podemos evitar [o coronavírus]. Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar. O Brasil vai ter, eu não sei, 200, 300, 400 mil mortos nos próximos dois anos de fome e assassinato porque a segurança pública não vai ter dinheiro para investir. E tava melhorando muito (sic)”, completou.
Para completar, Durski prevê que coronavírus pode causar o desemprego de 40 milhões de pessoas. “Isso vai ser o caos e eu não estou falando por mim. A minha empresa tem condições, recursos e caixa para passar seis meses parado, mas eu estou preocupado com o Brasil. A pessoa que tem um mercadinho, barzinho ou restaurantinho… Esse vai quebrar e não vai ter o que fazer”, finalizou.
O pensamento do empresário também vai ao encontro do que tem dito Jair Bolsonaro. Para o presidente, está havendo uma “histeria” por parte da mídia. Na última semana o chefe do Executivo chamou o coronavírus, que já matou 16.284 pessoas em todo mundo, de uma “gripezinha”.
Bolsonaro também tem, constantemente, criticado os governadores estaduais que estão tomando medidas aos moldes do que é aconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e restringido as aglomerações.
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