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Diplomacia dos EUA recomenda retorno imediato dos americanos que estão no Brasil

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Em comunicado oficial, Casa Branca pede que americanos no Brasil voltem para casa o mais rápido possível. Na semana passada, Bolsonaro restringiu voos internacionais de diversos países, mas deixou os EUA de fora da medida e foi chamado de "lambe-botas"

(Imagem: AFP)

A Embaixada dos EUA soltou um comunicado, na terça-feira (24), recomendando o retorno imediato de cidadãos americanos que estão no Brasil ao seu país, “a menos que estejam preparados para permanecer no exterior por um período indeterminado”.

O alerta feito por autoridades americanas se dá devido a diminuição na oferta de voos, domésticos e internacionais, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

“Opções de voos comerciais permanecem disponíveis com saída do Brasil para os Estados Unidos, porém esperamos que esse número diminua. Os cidadãos dos EUA que desejam retornar aos Estados Unidos devem fazê-lo o mais rápido possível pois a situação de viagem está mudando muito rapidamente e a disponibilidade de voos está sujeita a alterações. Os horários de voos domésticos no Brasil também estão sendo reduzidos significativamente”, diz trecho do comunicado.

A embaixada disponibilizou, em seu site, lista de voos entre o Brasil e os EUA em diversas companhias aéreas, que saem dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Rio de Janeiro.

O pedido do governo americano ocorreu cerca de uma hora depois do pronunciamento feito pelo presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério da Saúde anunciou hoje em coletiva de imprensa que subiu para 46 o número de mortes por conta do coronavírus no Brasil — um aumento de 12 vítimas desde ontem.

O estado de São Paulo contabiliza 40 mortes devido à covid-19, enquanto o Rio de Janeiro, 6. Os dados oficiais apontam que 2.201 casos estão confirmados no Brasil, um crescimento de 310 casos em 24 horas.

“Lambe-botas”

No último dia 19 de março, Jair Bolsonaro editou uma portaria proibindo a entrada no Brasil por via aérea de estrangeiros vindos de 12 blocos e países, incluindo toda a União Europeia, a China e o Japão, mas deixou de fora os Estados Unidos, que têm hoje o terceiro maior número de casos de coronavírus registrados no mundo.

A portaria, publicada em Edição Extra do Diário Oficial, restringe por 30 dias a entrada de estrangeiros vindos da China, de todos os países que compõe a União Europeia, Islândia, Noruega, Suíça, Reino Unido, Irlanda do Norte, Austrália, Japão, Malásia e Coreia do Sul.

Questionado sobre as razões da escolha desses países, o Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro, alegou maior risco de contágio, mas não soube explicar porque os Estados Unidos não estariam então entre os países com restrição de entrada. Bolsonaro também não quis comentar a questão e foi chamado de “lambe-botas” de Donald Trump por internautas e por parte da imprensa.

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