Jovem e mãe foram executadas com tiros na cabeça dentro de casa na véspera do Dia Internacional da Mulher. Crime ocorreu na frente de um menino de 1 ano, filho do casal. A vítima já havia feito um BO contra o ex-marido por agressão
Washington Luís Mello, de 34 anos, foi preso no último domingo (8) em um condomínio em Sabino (SP). Um dia antes, ele executou a ex-esposa Débora Cristina Pavanelli Mazo, de 27 anos, e a mãe dela Lucia Pavanelli, de 44.
As vítimas foram baleadas na cabeça e o crime ocorreu na frente do filho do casal, uma criança de apenas 1 ano. Segundo a polícia, o homem informou que cometeu os assassinatos porque a vítima o estava proibindo de ver o menino.
Débora e Washington tinham se separado recentemente e estavam brigando por conta das visitas ao filho. O homem, que é caminhoneiro, chegou de viagem no sábado e invadiu a casa da ex-mulher, onde aconteceram os crimes.
O delegado do caso, André Hauy, informou que Débora já tinha registrado um boletim de ocorrência por agressão depois de uma discussão com a ex-sogra.
Uma amiga da família disse que o homem não parecia ser uma pessoa violenta: “nunca imaginei que fosse chegar a esse ponto”, revelou.
Um feminicídio a cada 7 horas
O Brasil teve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018, segundo levantamento feito com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. São 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – uma a cada 7 horas, em média.
Desde 9 de março de 2015, a legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação.