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Promotor do caso Ronaldinho comprova que verdadeiro Paraguai é aqui

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Promotor do caso Ronaldinho comprova que verdadeiro Paraguai é aqui. Questionado sobre influência dos governos, integrante do Ministério Público paraguaio enfatiza independência; Tacla Duran debocha de Sergio Moro, que passou vergonha ao tentar interferir no caso

Promotores do Paraguai investigam documentos e passaportes do ex-jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho e de seu irmão, Assis. foto: Fiscalia Paraguay (via fotospublicas.com)

Jornal GGN

O posicionamento do Ministério Público do Paraguai quanto ao caso Ronaldinho Gaúcho e Assis mostra que o verdadeiro Paraguai é aqui.

A imprensa paraguaia divulgou que o ministro da Justiça Sergio Moro tentou usar sua influência junto às autoridades locais para tentar tirar Ronaldinho Gaúcho da prisão.

Quando questionado sobre uma eventual influência dos governos do Brasil e do Paraguai na condução do processo, o promotor Osmar Legal, que cuida do caso, ressaltou que o órgão é independente “tanto internamente quanto externamente”.

A resposta se deve à indagação sobre Sergio Moro buscar informações a respeito do caso junto a autoridades paraguaias, além de tentar libertar Ronaldinho.

A resposta que Moro recebeu do ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, foi suficiente para deixar o ministro constrangido:

“Falo seguidamente com o ministro Moro, temos muitos convênios. Ele me escreveu no sábado (7) e perguntou sobre a situação de Ronaldinho. Quis saber se ele e Assis poderiam ser libertados, e respondi que não depende de mim. (Moro) também perguntou se estão em um local seguro, e respondi que sim. Ele não gostou da prisão de Ronaldinho”, contou Acevedo ao canal C9N.

O advogado Rodrigo Tacla Duran, investigado que denunciou irregularidades na Lava Jato em Curitiba, usou o Twitter para debochar da situação de Moro.

“Russo [apelido de Moro entre procuradores] pensou que estava falando em Curitiba com Deltan Dallagnol. Esquema de juiz combinar com procurador não funciona nem no Paraguai.”

O advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, conselheiro da Human Rights Watch, avaliou que Moro passou vergonha.

“Inacreditável. De paladino da justiça, de juiz ‘exemplo’ no combate à corrupção, de magistrado rápido e imparcial, para ministro que perdoa caixa 2 e usa o cargo para ajudar os amigos presos. Vergonha”, escreveu no Twitter.

Ronaldinho e Assis estão presos por entrarem no país com documentos paraguaios falsos. Os dois alegam que não sabiam que a documentação era irregular, e aguardam o julgamento detidos.