A ideia de "imprimir dinheiro" para enfrentar a crise foi lançada pelo ex-presidente Lula no dia 2 de abril e reforçada por Meirelles no dia 8. Hoje, ministro Paulo Guedes admite que estuda a possibilidade
Questionado por parlamentares sobre a possibilidade de emissão de moeda para combater a crise da covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, respondeu que “sim”.
“Bom, economista não tem que ter dogma, é muito fácil fazer inversão de marcha. Se cairmos em uma armadilha de liquidez, em um cenário de inflação zero, o Banco Central pode sim emitir muita moeda e comprar dívida interna. Pode monetizar a dívida, sem gerar impacto inflacionário”, afirmou, em audiência pública da Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas relacionadas ao novo coronavírus.
No dia 2 de abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu que “O governo precisa gastar o quanto for necessário [para enfrentar a crise decorrente da pandemia], inclusive imprimindo dinheiro novo. É uma guerra, nós não temos que ter limite”.
No dia 7 de abril, Lula voltou a abordar a questão. “O governo está tratando essa crise como se fosse uma qualquer. Eles dão liquidez aos bancos enquanto aos pobres não se dá nada. Enquanto isso, os americanos e alemães estão imprimindo dinheiro. O Brasil precisa imprimir moeda urgente”, postou o ex-presidente no Twitter.
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Em 8 de abril, em entrevista à BBC, Henrique Meirelles reforçou a ideia. O ex-presidente do Banco Central afirmou que a retração da economia agora será tão brutal que não existe risco de inflação caso a autoridade monetária emita moeda.
Em entrevista a uma rádio ontem, Lula voltou a defender a impressão de moeda para que as pessoas possam ficar em casa durante a pandemia. Para o petista, a medida não traria risco à inflação pela falta de demanda na economia.
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