Rafael Luz Marques Pereira, soldado do Exército
Soldado de 18 anos chegou desidratado, com febre, vomitava bastante e estava desorientado. Segundo boletim médico, ele sentia muitas dores, mas não falava, apenas reagia
Um soldado do Exército de 18 anos morreu na sexta-feira (10) depois de um treinamento militar, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, no Mato Grosso. O Exército Brasileiro abriu inquérito militar para investigar a morte de Rafael Luz Marques Pereira que servia no 18º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC).
Além desse inquérito aberto pelo Exército, a família do soldado também registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil pelo suposto crime de tortura.
Rafael havia ingressado no quartel recentemente. Ele se sentiu mal durante um treinamento realizado na última terça-feira (7) e foi atendido primeiramente na própria sede do Exército. Depois, ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rondonópolis.
Segundo o boletim médico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, Rafael chegou desidratado, com febre, vomitava bastante e estava desorientado. Ainda segundo o boletim, ele sentia muitas dores, mas não falava, apenas reagia.
O paciente também apresentava problemas renais. Ainda na noite de terça-feira ele foi transferido para um hospital particular de Rondonópolis, a pedido do Exército, mas na sexta-feira morreu.
Segundo a família, o atestado de óbito declara a causa da morte como falência múltipla dos órgãos e choque séptico, que é quando uma infecção se alastra pelo corpo rapidamente, afetando vários órgãos e pode levar à morte, como foi o caso do Rafael.
Em nota, o Exército de Rondonópolis lamentou a morte do jovem soldado e disse que está prestando apoio a família.
“Durante o processo administrativo que foi aberto, tudo será esclarecido numa linha cronológica, abordando os fatos ocorridos desde o princípio, atentando na forma que a instrução foi dada entre outros detalhes. Vamos juntar todos os fatos que possam contribuir para em 30 dias termos um resultado”, disse o Capitão Queiroz ao A Tribuna.
O resultado desse inquérito militar aberto pelo Exército deve ser divulgado em 40 dias.
Familiares informaram que, indignados e sofrendo, foram ao quartel do Exército nesta terça-feira (14) para buscar as roupas de Rafael que ficaram no local.
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