Redação Pragmatismo
Saúde 22/Abr/2020 às 16:14 COMENTÁRIOS
Saúde

Médico dança com paciente de coronavírus em UTI de Pernambuco e divulga vídeo

Publicado em 22 Abr, 2020 às 16h14

Ao som de Luiz Gonzaga, médico dança com paciente que ficou entubada durante 14 dias em UTI. Vídeo foi divulgado pelo próprio médico: “É preciso mais afeito, humanizar o cuidado, diminuir o isolamento e a solidão”

médico dança paciente asa branca

O vídeo de um médico dançando com uma paciente de coronavírus (Covid-19) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) de Petrolina, no sertão de Pernambuco, viralizou na internet nesta semana.

Nas imagens, o médico Pedro Diniz, de 40 anos, dança ao som de Luiz Gonzaga com a primeira paciente de coronavírus que deu entrada na UTI daquele hospital. A música é “Asa Branca”.

O arrasta-pé com a paciente veio da ideia de fazer um teste para saber se ela conseguiria respirar sem aparelhos. “Eu brinquei que a gente ia fazer um teste exercendo alguma atividade realizando algum esforço, para ver se ela conseguia ir pra casa sem o oxigênio”, contou.

A intenção também foi de separar as barreiras entre as roupas de proteção, equipamento essencial para profissionais de saúde que atuam na luta contra a covid-19. “Foi para aproximar e transmitir um pouco mais de afeto, [mesmo] com toda aquela roupa, aquela paramentação, que nos separa das pessoas. É preciso humanizar o cuidado, diminuir o isolamento e a solidão”.

Na publicação que fez nas redes sociais, Pedro conta que no primeiro dia em que a paciente chegou na UTI ele a entubou, e no 14º, dia 16 de abril a extubou. O vídeo foi filmado quatro dias após a retirada do tubo para respiração. “Eu desenvolvi um vínculo com ela, tomei algumas medidas mais intensivas e arriscadas que coincidiram de ser no meu plantão”, explicou.

O médico relata que o trabalho na linha de frente ao coronavírus é de tensão. “É um trabalho muito difícil. É um plantão muito diferente do que a gente está habituado, pelas roupas e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que a gente precisa usar, pela tensão com o risco de infecção, de contrair o vírus, [porque] a gente sabe que ele é muito transmissível”.

Assim, com a pequena festa dentro da UTI, que é exclusiva para pacientes com a covid-19 ou com suspeita da doença, Pedro afirma que a equipe também foi ajudada. “Ela ficou super bem humorada, nós brincamos depois, ela colocou mais música para o pessoal ouvir […], então foi uma relação bilateral, a gente a ajudou e ela nos ajudou”.

VÍDEO:

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