Redação Pragmatismo
Notícias 28/Abr/2020 às 09:40 COMENTÁRIOS
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Tuíte de perfil atribuído a Ramagem ameaça Glenn Greenwald

Publicado em 28 Abr, 2020 às 09h40

Bolsonaristas compartilham tuíte de perfil atribuído a Alexandre Ramagem que faz ameaças públicas a Glenn Greenwald. Na mensagem, o usuário diz que usará a estrutura da Polícia Federal para perseguir o jornalista. Episódio ocorre horas após o Intercept revelar que Flávio Bolsonaro lucrava com venda de apartamentos de milicianos

carlos bolsonaro ramagem
Carlos e Ramagem são amigos íntimos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).

Ramagem era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ele é amigo pessoal de Carlos Bolsonaro, o ‘Carluxo’, que atualmente é investigado pela PF por esquemas criminosos de disseminação de fake news em massa.

Irritado com os questionamentos sobre a proximidade de Ramagem com seu filho, Bolsonaro chegou a responder uma seguidora nas redes sociais que o questionou sobre o tema: “E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci o Ramagem. Por isso, deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?”.

Um perfil atribuído a Alexandre Ramagem no Twitter estava fazendo sucesso até ontem (27) entre os bolsonaristas mais fervorosos. Misteriosamente, o perfil foi apagado horas antes da publicação da nomeação de Ramagem.

“A PF voltará a investigar denúncias de vendas de mandatos entre deputados e suplentes. É inaceitável que agentes estrangeiros aproveitem brechas nas leis brasileiras para se instalar no nosso país e achar que aqui é a casa da mãe Joana”, dizia uma das publicações do ‘Alexandre Ramagem Oficial’.

A conta teria sigo registrada em um e-mail falso e pode ter envolvimento com o gabinete do ódio, que segundo a PF é comandado por Carlos Bolsonaro.

A mensagem publicada pelo perfil atribuído ao novo diretor da PF é um boato criado meses atrás pelo “Pavão Misterioso”, que alegava que o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL) teria vendido o seu mandato para David Miranda (PSOL-RJ), que é marido do jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil.

Há três dias, documentos do Ministério Público obtidos pelo The Incercept mostraram que parte do enriquecimento ilícito de Flávio Bolsonaro veio através do esquema de rachadinha na Alerj. O dinheiro, segundo o MP, foi investido em construção de condomínios ilegais pela milícia.

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