Barbárie

Perícia desmonta versão da mãe sobre morte do filho de 11 anos

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Laudo divulgado na manhã de hoje aponta estrangulamento como causa da morte e desmonta a versão da mãe. Corpo da criança ficou desaparecido por dez dias e, neste período, a mulher deu entrevistas dizendo que queria que o filho voltasse para casa

Alexandra Dougokenski e o filho

Rafael Winques, de 11 anos, foi assassinado pela própria mãe na cidade de Planalto, região norte do Rio Grande do Sul. Alexandra Dougokenski confessou o crime, mas sua versão foi contestada pelo laudo médico.

A criança estava desaparecida desde o dia 15 de maio, mas só ontem a mulher assumiu a autoria do crime e levou os investigadores até o local do cadáver.

Alexandra contou que o filho morreu após dar medicamentos para ele se acalmar. O laudo médico aponta que Rafael morreu por asfixia mecânica por estrangulamento.

“Ela disse que deu dois comprimidos de Diazepam para que ele dormisse com tranquilidade. Na madrugada, ela teria acordado e verificado, segundo ela, que a criança estava morta. Como que ela tinha a certeza que a criança estaria morta e não apenas desmaiada? Ela enrolou a criança no lençol, colocou fios em alguma parte do corpo e foi arrastando, segundo ela, até a residência ao lado”, afirma o delegado Joerberth Nunes.

Na manhã desta terça (26), a Polícia Civil informou que investiga a motivação e se mais alguém teve participação no crime. “A motivação do crime é uma incógnita. Até o momento, todos os depoimentos coletados, nenhum indica qualquer desavença dessa mãe com esse filho. Isso torna o caso ainda mais complexo, mas certamente a Polícia Civil vai responder todas as perguntas”, disse o delegado.

“Tranquila”

Rafael estava desaparecido desde o dia 15 de maio. A mãe chegou a dar entrevista dizendo que queria que o filho voltasse para casa. O delegado Nunes contou que a mãe foi ouvida diversas vezes, e algumas questões começaram a intrigar os investigadores.

“Com o número de depoimentos que tínhamos, nós voltamos nosso radar para o comportamento da mãe. Primeiramente, o estado anímico da mãe. Desde o primeiro contato com a Polícia Civil, até o último contato que ela teve no dia de ontem [segunda], uma pessoa muito serena e muito tranquila em relação aos fatos”, explica.

A chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, disse que, desde o início, a polícia suspeitava da participação de alguém da família, caso houvesse um possível homicídio.

“Homicídio que foi cometido pela mãe, mas que não se pode, até então, afirmar se somente por ela. Temos que apurar ainda vários fatos do que aconteceu na noite do crime”, relata a delegada.

Entenda o caso

Rafael desapareceu em 15 de maio, quando foi dormir e, na manhã seguinte, não estava mais em casa. A residência onde o menino mora com a mãe e um irmão de 16 anos não possuía sinais de arrombamento no dia do sumiço.

Inicialmente, a mãe disse que havia levado uma coberta para o menino antes de dormir, e pensou que ele havia saído pela manhã.

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