Com recorde de novos casos de coronavírus nesta quarta-feira, Brasil ultrapassa França e Alemanha. Modelo usado pela Casa Branca projeta cenário sombrio para o Brasil
Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde incluiu 11.385 novos casos de coronavírus no Brasil — um recorde para o período de apenas um dia.
Foram mais 749 novos registros de mortes acrescentados em 24 horas. Agora o país totaliza 13.149 mortes por Covid-19 e 188.974 casos confirmados.
O Brasil ultrapassou a Alemanha (174 mil) e a França (178 mil) em número de casos e é provável que supere a Itália (220 mil) nos próximos dias.
Um dos principais modelos utilizados pela Casa Branca para monitorar os números sobre o coronavírus projetou um cenário bastante sombrio para os brasileiros nos próximos meses.
Segundo dados divulgados esta semana pelo IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, 88.305 pessoas devem morrer por Covid-19 no Brasil até 4 de agosto se o país continuar a não encarar a pandemia com seriedade.
O modelo usa uma janela de intervalo ampla. No cenário mais otimista, segundo o estudo, o Brasil somará 30.302 mortes até o início de agosto. Na projeção mais pessimista, serão 193.786 óbitos.
As projeções mostram que o pico de mortes diárias no Brasil deve acontecer em 1 de julho, com 1.024 óbitos em 24 horas. No entanto, o estudo aponta que, no pior, cenário, podem ocorrer até 2.600 mortes em um único dia.
Somente nesta terça-feira (12), o Brasil registrou 881 mortes em decorrência do coronavírus, novo recorde diário. Hoje foram 749 óbitos computados.
Em junho, mostra o instituto usado como diretriz na Casa Branca, o número de mortes no Brasil estará na casa dos 27 mil e, quando o pico diário chegar, um mês depois, o patamar total de mortos deve saltar para 57 mil.
A partir de então, a curva de mortes diárias começaria a cair, mas chegaria a agosto ainda na ordem de quase 780 vítimas por dia.
O modelo utilizado pela Casa Branca ganhou notoriedade em 31 de março, quando o presidente Donald Trump fez seu primeiro discurso sombrio e visto como realista durante a pandemia que, inicialmente, ele minimizava.
Na ocasião, Trump disse que estavam previstas de 100 mil a 240 mil mortes nos EUA até agosto, mesmo com a adoção das medidas de distanciamento social.
Caso o isolamento não fosse cumprido, disse o presidente americano à época, esse número poderia chegar a 2,2 milhões de vítimas.
A previsão se mostrou correta. Na época do pronunciamento de Trump, os EUA registravam 3.700 mortes. Até o início da noite desta quarta-feira (13/5), há 85 mil mortes confirmadas por coronavírus naquele país.
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