Redação Pragmatismo
Saúde 18/Mai/2020 às 12:15 COMENTÁRIOS
Saúde

Mãe quebra silêncio sobre a morte de Logan Williams aos 16 anos

Publicado em 18 Mai, 2020 às 12h15

"Sua morte não será em vão. Ele vai ajudar muita gente que está nesta mesma jornada". Pouco mais de um mês após a morte de Logan Williams, mãe do ator quebra o silêncio. Jovem lutava há três anos contra dependência de opioides

Logan Williams opioide
Logan Williams

A mãe do ator Logan Williams, conhecido por trabalhar na série “Flash” e em “Supernatural”, falou abertamente pela primeira vez sobre a morte do filho aos 16 anos, que ocorreu no começo de abril.

Marlyse Williams revelou que exames toxicológicos mostraram que o filho morreu de uma overdose de fentanyl, um opioide. Ele já lutava havia três anos contra a dependência deste tipo de medicamento, apesar de isso nunca ter vindo a público. As informações do New York Post.

“Sua morte não será em vão. Ele vai ajudar muita gente que está nesta mesma jornada”, afirmou ela. Segundo Marlyse, a família conseguiu manter a dependência “por baixo dos panos para evitar julgamento, embaraços e críticas”.

Ela afirma que teve que se endividar para poder pagar clínicas de tratamento para o filho “Fiz tudo o que era humanamente possível, tudo o que uma mãe podia fazer. Ele me disse: ‘Mãe, vou ficar limpo, vou ser melhor. Quero começar uma nova vida'”, desabafou ela.

Sem velório

Logan Williams interpretou o jovem Barry Allen na série “The Flash” e também trabalhou em “Supernatural”. Ele morreu no dia 2 de abril, poucos dias antes do aniversário de 17 anos.

Sua morte precoce, aos 16 anos, ganhou um contorno mais dramático, já que ela não pôde velar o filho com a família por causa das restrições de distância física do coronavírus.

Ela disse que — como pode apenas conversar por telefone, mídia social e e-mail — está de luto sozinha. “Não consigo abraçar meus pais que perderam o único neto. É difícil”, disse Williams.

Opioides

Os opioides são drogas derivadas da papoula — planta que também é a base de produção do ópio e da heroína. Eles se tornaram populares para tratar pacientes com dor crônica, porque afetam receptores no cérebro e produzem um grande alívio, além de serem eficazes para reduzir a ansiedade e combater a depressão que acompanham esse tipo de condição. Mas também geram uma sensação de euforia e são altamente viciantes.

Nos últimos anos, os Estados Unidos têm vivido uma crise de saúde pública graças ao uso indiscriminado de opioides. Desde 1999, o número de mortes causadas pelo consumo de opioides quadruplicou, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). O Instituto Nacional de Abuso de Drogas estima que mais de 130 americanos morrem por dia de overdose destes medicamentos.

Em 2018, a pop star Demi Lovato, na época com 25 anos, admitiu em sua conta no Instagram ter sofrido uma overdose de opioide.

Em 2016, foram registrados nos EUA 63.600 casos de morte por overdose, segundo relatório do Centro Nacional para Estatísticas em Saúde (NCHS). Cerca de 66% dessas mortes – 42.249 pessoas – estavam ligadas aos opioides. O quadro é considerado epidêmico.

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