Epidemiologista que direcionou as estratégias da Suécia para o enfrentamento do coronavírus admite que deveria ter tomado decisões diferentes. Modelo sueco foi usado frequentemente como exemplo pelo presidente Jair Bolsonaro para defender suas teses
O epidemiologista Anders Tegnell, que direcionou as estratégias tomadas pela Suécia para o enfrentamento da pandemia de coronavírus, disse que o país poderia ter tomado decisões diferentes para contar a disseminação do vírus.
O modelo sueco é usado frequentemente como exemplo pelo presidente Jair Bolsonaro para defender o afrouxamento do isolamento social.
“Se encontrássemos a mesma doença, sabendo o que sabemos hoje, acho que acabaríamos fazendo algo no meio entre o que a Suécia fez e o que o resto do mundo fez. Há potencial para melhorar o que fizemos na Suécia, é claro. E seria bom saber exatamente o que deveria ser fechado para impedir melhor a propagação da doença“, afirmou Anders Tegnell em uma entrevista para a rádio sueca Sveriges.
O país optou por uma flexibilização do isolamento social e manteve, por exemplo, o funcionamento de cafés, restaurantes e algumas escolas.
Nas últimas semanas, a Suécia registrou um avanço da doença na região. Ao todo, são 40.803 diagnósticos confirmados e 4.542 óbitos por covid-19, conforme dados atualizados nesta quarta-feira (3) pela plataforma de monitoramento da Universidade Johns Hopkins.
Por causa da escalada da doença, partidos políticos do país pediram a instalação de uma comissão (CPI) que investigue e analise as ações tomadas pelo governo para administrar e conter a crise provocada pela pandemia. As informações são da Rádio França Internacional.
Leia também:
Coronavírus: evangélicos fazem “ato contra máscaras de proteção” e queimam objetos
Covid-19 e Imposto sobre Grandes Fortunas
Congresso em Foco
Siga-nos no Instagram | Twitter | Facebook