Mulheres violadas

Jennifer Kubiaki, mais uma vítima de feminicídio no Brasil

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Jennifer Kubiaki Graboski, de 25 anos, foi brutalmente assassinada pelo ex-companheiro, pai de sua filha, enquanto trabalhava. A vítima tinha uma medida protetiva na Justiça contra o homem, que não aceitava o fim do relacionamento

Jennifer e Richard (Reprodução/Facebook)

Jennifer Kubiaki Graboski, de 25 anos, é mais uma vítima de feminicídio no Brasil. A jovem, que era motorista de aplicativo, foi esfaqueada dez vezes enquanto trabalhava em Guaíba (RS). A polícia afirma que o assassino é Richard Adriano, ex-companheiro dela.

De acordo com a Polícia Civil, Jennifer estava dentro do carro no momento em que foi atingida por diversas facadas na região do tórax. Ela tinha acabado de deixar uma passageira em um posto de combustíveis quando o homem entrou no banco do carona e passou a desferir os golpes.

“Richard a estava seguindo de motocicleta. A passageira viu o agressor entrando no veículo e depois ela se afastou. Ela não viu o momento das facadas”, disse a delegada Karoline Callegari.

Antes de fugir, o suspeito deixou no local a faca e o capacete. A motocicleta foi encontrada próxima à ponte do Guaíba, entre Porto Alegre e Eldorado do Sul. Jennifer deixa uma filha de três anos do relacionamento com Richard, que agora está aos cuidados de parentes.

Jennifer conseguiu na Justiça no mês passado uma medida protetiva contra ele Richard. “Ela registrou ocorrência dizendo que ele tinha causado lesão corporal nela. E que não teria sido a primeira vez”, diz a delegada.

Desde então, o casal estava separado, mas segundo a polícia Richard não aceitava o fim do relacionamento. “Ele havia dito para familiares que se ela não voltasse para ele num determinado prazo ele iria matá-la e cometer suicídio depois”, completa a delegada.

“É um crime que deixa a gente muito decepcionado, chateado. Guaíba tem articulação bem forte da rede proteção da vítima de violência. Como o feminicídio é muito complexo, carregado de sentimentos de ódio, raiva, suicida, e de machismo, infelizmente algumas tragédias acontecem. Fatos nos desafiam para aumentar o espectro de proteção às vítimas”, afirma Karoline.

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