Novo vídeo flagra a participação de um quarto agressor atacando a médica Ticyana Azambuja, espancada por frequentadores da "festa da Covid-19". Imagens desmontam versão contada pelos agressores, que afirmaram que a profissional de saúde "se feriu sozinha"
Novas imagens de circuito interno de TV flagraram a participação de um quarto agressor atacando a médica Ticyana Azambuja, espancada por frequentadores da “festa da Covid-19” no sábado (30) no Rio de Janeiro.
O homem a agride com o mesmo martelo usado pela médica para depredar o carro do policial militar Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro, que também estava na balada.
Enquanto era carregada pelo comerciante Rafael Martins Presta, anfitrião da festa, Ticyana também foi agredida a tapas por um homem ainda não identificado e teve os cabelos puxados por Ester Mendes de Araújo.
Em seguida, foi arremessada no chão por Rafael, fraturando o joelho esquerdo. A cena foi observada pelo PM de folga, que não impediu a ação.
O quarto agressor, que usava uma camisa amarela e calça jeans, aparece na cena no meio da rua, enquanto Ticyana era carregada por Rafael e agredida por outro sujeito. Ele ainda conversa com o motorista de um carro, que reduz a velocidade para ver o que estava acontecendo. Em seguida, o agressor volta para a calçada e golpeia a médica com o martelo. A ação também era acompanhada por outro homem.
Trata-se do mesmo homem que desferiu um soco em um morador que chamava a polícia pelo celular para atender à ocorrência. Ele agride o morador pelas costas com um soco e se afasta.
O caso está sendo investigado pela 20ª DP (Vila Isabel), que ainda busca identificar o homem que agride Ticyana com um martelo e o outro agressor, que aparece em outro vídeo dando um tapa no rosto da vítima enquanto ela é carregada por Rafael.
A defesa de Rafael disse que a médica teria se machucado ao tentar fugir após depredar o carro. Imagens contrapõem a versão do comerciante.
O advogado Roger Couto Doyle Ferreira, que representa Luiz Eduardo Salgueiro, negou que o PM tenha presenciado as agressões ou se omitido de agir — imagens mostram que o policial de folga presenciou, mas não impediu agressões. “O policial militar Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro não teve nenhum envolvimento no evento e não presenciou os fatos”, disse.
A advogada Maíra Fernandes, que representa a médica agredida, diz que testemunhas estão com medo de contar o que viram na delegacia.
“No dia da manifestação em favor da Ticyana, diversas pessoas me falaram que a ouviram pedir socorro, que assistiram às cenas de violência feitas contra ela. Mas sentem medo de prestar depoimento na delegacia”, disse a defensora. “Encorajar essas testemunhas e conseguir mais imagens é o nosso desafio no momento, para fazer justiça”, completa.
as informações são do portal UOL
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