Um dos quatro policiais envolvidos no assassinato de George Floyd pagou fiança de R$ 3,6 milhões e deixou a penitenciária. Ele responderá em liberdade
Thomas Lane, um dos quatro agentes envolvidos na morte de George Floyd durante abordagem policial em Minneapolis, pagou fiança de US$ 750 mil (R$ 3,6 milhões) e deixou a prisão do condado de Hennepin, às 17h de ontem.
Tou Thao e J. Alexander Kueng, outros dois policiais que acompanharam Derek Chauvin na abordagem seguem presos.
Segundo a rede de TV americana ABC News, o advogado de Lane, Earl Gray, confirmou que o seu cliente foi libertado após pagar a fiança, mas se recusou a fazer mais comentários no momento.
A próxima audiência de Lane está marcada para 29 de junho, e seu advogado, Gray, disse ao “Star Tribune” que o policial demitido “planeja apresentar uma moção para arquivar as acusações contra ele”.
A imprensa dos Estados Unidos informou que o pagamento da fiança foi feito em espécie (dinheiro) e a quantia veio de doações por pedido de ajuda na internet (vaquinha online).
Embora mídia não tenha divulgado exatamente quem foram os responsáveis pela arrecadação do dinheiro, suspeita-se que a campanha tenha sido realizada por apoiadores de Donald Trump adeptos da supremacia branca.
George Floyd foi morto depois de ficar deitado de bruços por pelo menos 10 minutos, enquanto um policial pressionava seu pescoço com o joelho, em uma operação policial. “Não consigo respirar”, implorava o homem, em um vídeo filmado por uma pessoa que passava no local.
Desde a morte de Floyd, manifestantes têm ido às ruas de Minneapolis e de outras cidades americanas, em protesto contra a violência policial que vitima pessoas negras no país.
Antecedentes criminais
Thomas Lane, de 37 anos, possui sete antecedentes criminais. Antes de ingressar na polícia, ele acumulou uma série de violações de trânsito e mesmo assim se tornou oficial. Entre as acusações contra Lane está uma por danificar propriedades.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o arquivo pessoal de Thomas foi divulgado pelo Departamento de Polícia de Minneapolis, mas com muitas seções editadas.
O ex-policial deixou o ensino médio antes de se formar e, em seguida, atuou em pelo menos dez empregos entre 2010 e 2017.
Durante esse período, ele obteve seu diploma universitário, enquanto trabalhava como operário, operador de telemarketing, servidor, garçom, guarda de segurança e associado de vendas.
Em 2017, ele começou a trabalhar como oficial penitenciário juvenil e assistente de condicional, afirma o arquivo.