Abraham Weintraub diz que vai sair do Brasil “o quanto antes” para evitar prisão. Senador pede que STF interfira imediatamente para evitar fuga do ex-ministro da Educação, que é investigado em dois inquéritos
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, afirmou em entrevista à ‘CNN Brasil’ que pretende deixar o Brasil “o quanto antes” para evitar “morte e prisão”.
“A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes”, afirmou Weintraub. “Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem”, acrescentou.
Na última quarta-feira (17), por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter Weintraub na mira do inquérito que apura fake news disparadas contra integrantes da corte e seus familiares.
Weintraub é investigado por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Além disso, ele é alvo de inquérito por racismo contra chineses.
Senador faz apelo ao STF
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que proíba Weintraub de deixar o Brasil.
Weintraub foi indicado por Jair Bolsonaro para assumir um cargo no Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos e, em seu Twitter, anunciou que fará a mudança nos próximos dias. O salário é de R$ 111 mil por mês.
Fabiano Contarato defende que por ser investigado no inquérito das fake news Weintraub não pode sair do país.
“Ao comemorar a iminente mudança ao exterior, o senhor Abraham Weintruab, aparentemente se esqueceu de mencionar que ostenta a condição de investigado perante o Supremo Tribunal Federal, por potencial cometimento do crime de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito”, argumentou o senador no pedido encaminhado ao STF.
O senador pede ainda que o STF determine a apreensão do passaporte do ex-ministro.
“Ante o exposto, diante da imprescindibilidade da continuidade das investigações sem interrupções, ao menos até que se conclua o presente inquérito, e diante da reiteração da conduta delitiva pelo investigado, requer a deferimento da imposição de medida coercitiva de proibição de saída do país, bem como decretação de busca e apreensão dos documentos de viagem”.
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