Pesquisa da revista VEJA aponta Jair Bolsonaro como o favorito da disputa eleitoral de 2022. Atual presidente lidera em todos os cenários. Confira os números
A revista VEJA publicou, em parceria com o instituto Paraná Pesquisas, um levantamento sobre a disputa presidencial de 2022. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de julho e mostra Jair Bolsonaro (sem partido) liderando em todos os cenários.
No primeiro turno, Bolsonaro só é ameaçado no cenário em que aparece o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, o atual mandatário vence todos os adversários nas projeções de segundo turno.
Mesmo em meio a dificuldades sérias, que poderiam estraçalhar a popularidade de inúmeros políticos, Bolsonaro segue firme. A crise do coronavírus menosprezada por ele, a demissão de Sergio Moro, as interferências na Polícia Federal e a prisão de Fabrício Queiroz parecem não ter abalado tanto a imagem de Bolsonaro.
Os constantes solavancos políticos e as lambanças em série na condução da pandemia não colaram nele a ponto de erodirem a sua mais fiel base de apoio, de cerca de 30% dos eleitores — número que é considerado até por adversários como freio a um processo de impeachment (há dezenas deles nas mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia).
Veja os cenários de primeiro turno:
Na visão de especialistas, Bolsonaro conseguiu escapar à lógica de que sucumbiria às crises por dois motivos: o auxílio emergencial, que amenizou efeitos econômicos da pandemia em uma população indiferente às confusões de Brasília, e a atitude mais comedida do presidente nos últimos tempos, especialmente após a escalada de tensão com o Supremo.
“Desde que percebeu que o conflito com o STF era perigoso, o presidente recuou, ficou quieto, parou de dar declarações bombásticas. Para uma parte dos eleitores que o apoiam, mas eram críticos ao desempenho, a postura de Bolsonaro paz e amor ajuda a melhorar a avaliação”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, da USP. “Bolsonaro volta a subir principalmente com o auxílio de 600 reais, que passou a chegar a mais gente. Com o fator bolso, a crise política fica menor”, avalia Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas.
Os nordestinos ainda são os brasileiros menos afeitos ao presidente, porém os que desaprovam o governo caíram de 66,1% para 56,8% entre abril e julho e os que aprovam subiram de 30,3% para 39,4%.
Segundo turno:
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