Influenciadora digital é assassinada pelo marido com quem era casada há 10 anos. Homem publicou um vídeo em que pede "mil desculpas" e depois apagou a postagem. Familiares da vítima lamentam e afirmam que ela estava recém-formada e em um ótimo momento profissional
A arquiteta e influenciadora digital Thayane Nunes da Silva, de 28 anos, é mais uma vítima de feminicídio no Brasil. Ela foi assassinada pelo próprio marido, Gilton Santos Pinto. O crime ocorreu nesta quinta-feira (2) em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Após o feminicídio, Gilton publicou um vídeo nas redes sociais em que pede “mil desculpas pelo que aconteceu”. O conteúdo passou apenas alguns minutos no ar e foi removido.
“Gente, eu estou aqui pedindo mil desculpas pelo que aconteceu hoje, para depois não me julgarem, julgarem os meus familiares. Porque a vida, é, ninguém sabe o que se passa com um casal”, afirma Gilton no vídeo.
Thayane foi asfixiada dentro de casa. Moradores do prédio contam que ouviram gritos no apartamento. O homem fugiu do local depois de cometer o crime. Um prima da vítima contou para a Polícia Militar que estava no momento e viu o homem fugir.
A jovem havia se formado em Arquitetura no ano passado e estava em um excelente momento profissional, disseram amigos e parentes. “Meu Deus, inacreditável. Vá com Deus, Thay. Que os anjos te recebam. Será eterna na memória de todos”, publicou uma amiga.
Thayane tinha mais de 40 mil seguidores no Instagram e mostrava para eles uma rotina de casal apaixonado com o marido. Ela também exibia viagens e outra paixão: os exercícios físicos. Gilton postava frases de amor e sempre aparecia com a mulher.
Fuga
Enquanto fugia da polícia na Rodovia Rio-Santos, Gilton perdeu o controle do carro e provocou um acidente. Ele foi capturado e está internado no Hospital Geral da Japuíba sob custódia.
No acidente provocado por Gilton, sete pessoas ficaram feridas — duas crianças e cinco adultos.
O corpo de Thayane foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). Testemunhas já foram ouvidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o crime.