Farra das filha dos generais: Stephanie Pazuello é mais uma a ganhar cargo comissionado com alto salário no serviço público. Nomeação saiu no Diário Oficial do Rio de Janeiro
Mais uma filha de ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi designada a ocupar cargo comissionado na administração pública. Nesta quinta-feira (23), o Diário Oficial do Rio de Janeiro publicou a nomeação de Stephanie dos Santos Pazuello, filha do general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde.
Stephanie foi nomeada para ocupar o cargo de supervisora da Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro S.A, a RioSaúde.
Também nesta semana, o Diário Oficial da União trouxe a nomeação de Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, general Wlater Barga Neto. Isabela só desistiu de assumir o cargo por causa da repercussão pública.
A nomeação da filha de Pazuello é retroativa a 6 de julho e acontece em um contexto de dispensa de funcionários pela mesma RioSaúde que está contratando a filha do ministro da Saúde.
O argumento para a dispensa é a desmobilização do Hospital de Campanha do Rio Centro, erguido para cuidar dos infectados com o novo coronavírus. O RioSaúde é responsável pela administração de várias unidades de saúde do Rio, incluindo o hospital de campanha.
O Rio de Janeiro, que foi um dos epicentros do coronavírus no Brasil, enfrentou denúncias de corrupção durante a pandemia, no âmbito estadual.
A RioSaúde divulgou uma nota após a repercussão da nomeação da filha de Pazuello:
“A contratação de Stephanie dos Santos Pazuello não tem qualquer relação ao parentesco com o ministro da Saúde, mas sim ao fato de a profissional atender aos critérios técnicos necessários ao cargo para o qual foi admitida. Ela é formada em Administração, com experiência na iniciativa privada em gestão de pessoas, recrutamento e processos admissionais. É uma área que cresceu muito na RioSaúde nos últimos meses, em função dos oito projetos emergenciais assumidos para o enfrentamento da covid-19, resultando na contratação de quase 6 mil funcionários. A profissional tem, portanto, a qualificação necessária para trabalhar e atender às necessidades da Empresa Pública de Saúde.”
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