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Youtuber oferece US$ 100 a palestino para beijar bandeira de Israel e resultado é violento

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VÍDEO: Um youtuber perguntou a uma palestino se ele beijaria a bandeira de Israel por cem dólares. O resultado foi violento

Um youtuber foi agredido fisicamente após oferecer U$ 100 a um palestino em troca de um beijo em uma bandeira de Israel. A gravação viralizou na internet nesta semana.

“A dignidade não se negocia”, publicou uma página palestina que compartilhou o vídeo. “Enquanto um miliciano vira-latas presidente de um país bate continência para a bandeira dos EUA, em outros locais patriotas de verdade tratam como devem e merecem vagabundos que os querem humilhar e fazer de gato e sapato”, escreveu um internauta.

VÍDEO:

Um dos conflitos que mais geram tensões e preocupações em todo o mundo é o que envolve judeus e muçulmanos no território de enclave entre Israel e Palestina.

Jerusalém está no centro do conflito que já dura mais de 70 anos entre israelenses e palestinos — ambos veem a cidade como sagrada e a reivindicam como capital. A disputa pela cidade, sagrada não só para judeus e muçulmanos, mas também para cristãos, é quase tão antiga quanto a briga por territórios entre israelenses e palestinos.

O início do conflito remete ao começo do século 20, quando ganhou força o movimento sionista que procurava criar um Estado para os judeus.

A região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada para muçulmanos, judeus e cristãos, pertencia ao Império Otomano naquele tempo e era ocupada, principalmente, por muçulmanos e outras comunidades árabes. As aspirações sionistas deram início a um forte movimento migratório judaico, que gerou resistência entre as comunidades locais.

Após a desintegração do Império Otomano, na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu um mandato da Liga das Nações, órgão internacional antecessor da Organização das Nações Unidas (ONU), para administrar o território da Palestina.

Antes e durante a guerra, contudo, os britânicos fizeram, tanto aos árabes quanto aos judeus, uma série de promessas que não se cumpririam – entre outras razões, porque o Reino Unid já havia repartido o Oriente Médio com a França. Isso provocou um clima de tensão entre os dois lados que acabou em confrontos entre grupos paramilitares judeus e árabes.

Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, aumentou a pressão pelo estabelecimento de um Estado judeu. O plano original previa a partilha do território controlado pelos britânicos entre judeus e palestinos.

Após a fundação de Israel, em 14 de maio de 1948, a tensão deixou de ser local para se tornar uma questão regional. No dia seguinte, Egito, Jordânia, Síria, Iraque e Líbano invadiram o território. Foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos judeus como a guerra de independência ou de libertação. Depois da guerra, vencida pelos israelenses, o território originalmente planejado pela ONU para um Estado árabe foi reduzido pela metade.

Para os palestinos, começava ali a Nakba, palavra em árabe para “destruição” ou “catástrofe”. A data é relembrada anualmente como o dia em que 750 mil palestinos deixaram suas casas e fugiram para países vizinhos ou foram expulsos por tropas israelenses.

Mas 1948 era apenas o início do longo confronto entre os dois povos. Em 1956, Israel enfrentou o Egito em uma crise motivada pelo Canal de Suez, conflito que foi definido fora do campo de batalha, com a confirmação pela ONU da soberania egípcia sobre a passagem naval, após forte pressão internacional sobre Israel, França e Grã-Bretanha.

Em 1967, veio a batalha que mudaria definitivamente o cenário na região: a Guerra dos Seis Dias. Iniciada por ofensivas de Egito e Síria, a disputa terminou com vitória esmagadora de Israel sobre uma coalizão árabe. Após o conflito, Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, no Egito, tomou o controle da Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) da Jordânia e das Colinas de Golã da Síria. Meio milhão de palestinos fugiram.

Israel e seus vizinhos voltaram a se enfrentar em 1973. A Guerra do Yom Kippur colocou novamente Egito e Síria contra Israel, numa tentativa dos árabes de recuperar os territórios ocupados em 1967. Em 1979, o Egito se tornou o primeiro país árabe a chegar à paz com Israel, que desocupou a Península do Sinai. A Jordânia chegaria a um acordo de paz em 1994.

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