Após 14 anos, assassinato do irmão de Marcelo Freixo está próximo de ser esclarecido
"Só posso falar que meu irmão era um homem pacato, honesto e digno". Assassinato do irmão de Marcelo Freixo está próximo da elucidação. Renato Freixo foi executado na porta de casa com cinco tiros. Crime aconteceu há 14 anos
O assassinato de Renato Freixo, irmão do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), está próximo da elucidação, após uma espera de 14 anos. Investigadores da 10ª Delegacia Extraordinária de Acervo Cartorário (Deac), na Gamboa (Centro), acreditam ter chegado aos autores do crime e devem anunciar em breve a conclusão do caso.
Assessor na época da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói, Renato foi morto aos 34 anos, com cinco tiros, na madrugada do dia 25 de julho de 2006, quando chegava em casa, acompanhado de sua mulher, em Piratininga.
Para concluir a investigação, os policiais seguiram as pistas surgidas logo após o assassinato. Na ocasião, Renato acabara de se reeleger síndico do condomínio onde morava com a família.
Uma das medidas que tomou no cargo foi substituir a segurança do lugar, exercida informalmente por policiais militares, por uma empresa especializada. Como os assassinos – quatro homens, de acordo com testemunhas — nada levaram, desde o início foi levantada a hipótese de crime de vingança.
Renato foi alvejado quando descia de seu carro para abrir o portão da garagem de casa. Ele voltava de uma festa com sua mulher, Valéria Motta Ramos, que foi baleada no ombro e no peito, mas sobreviveu.
Então pesquisador da ONG Justiça Global, Marcelo Freixo nunca fez alarde do caso do irmão na imprensa, respeitando um pedido da sua família. Limitava-se a cobrar o andamento do inquérito em visitas à delegacia.
“Vou ficar calado. Quero apenas ouvir a resposta da polícia. Só posso falar que meu irmão era um homem pacato, honesto e digno”, disse Marcelo, logo após o crime.
Dois anos depois do crime, após eleito deputado estadual, Marcelo Freixo assumiu a presidência da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
De acordo com a sua página na Internet, o trabalho “foi um marco na luta contra o crime organizado e sua articulação com o poder público”. O relatório final da CPI pediu o indiciamento de 225 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis.
Agência Globo