Enfermeira denuncia pediatra bolsonarista por forçar seu filho a tomar cloroquina
Enfermeira denuncia pediatra bolsonarista por tentar emplacar cloroquina para tratar o filho dela com asma. "Meu filho tem 9 anos! Imaginem se eu não fosse profissional de saúde?"
A enfermeira Juliana Mittelbach, do Hospital das Clínica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), denunciou uma pediatra por tentar indicar hidroxicloroquina para tratar o seu filho de apenas 9 anos. A criança tem asma.
Em um desabafo nas redes sociais, a profissional de saúde se mostrou indignada com a médica, que além de recomendar a cloroquina, se comportou durante a consulta como uma militante de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente brasileiro é o principal garoto-propaganda do medicamento no Brasil.
Leia abaixo o relato de Juliana:
“Meu filho Marquinhos apresentou esforço respiratório. Ele tem asma. Estávamos sem a bombinha. Daniel Mittelbach, meu marido, o levou à Unidade Básica de Saúde. Fiquei em casa com a Maria Rosa e porque tinha aula (virtual) do mestrado.
A médica que o atendeu pediu teste para Covid-19 e fez muitas reclamações sobre a falta de protocolo da prefeitura e um discurso político bem característico de ‘bolsominion’.
Disse ela ao Daniel que não poderia prescrever, mas recomendava que ele fosse à farmácia e comprasse cloroquina e desse ao Marquinhos. Que ‘não dá para ficar esperando evidência científica’. Meu filho tem 9 anos! Está em desenvolvimento.
Eu tenho formação na área da saúde e sei que cloroquina não é benéfico para Covid-19 e muito menos para asma. Além disso, tenho consciência de que a cloroquina tem sido utilizada para uma disputa política rasa e não com base científica com foco na saúde da população.
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Mas imagine quantas famílias essa pediatra pode ter influenciado a utilizar uma medicação que, já foi comprovado, não auxilia no tratamento de Covid-19 e que possui uma quantidade imensa de efeitos colaterais, além de retirar do mercado para quem realmente faz uso desta medicação de forma contínua. Pensa no grau da minha indignação!”
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