Educação

Ex-miss alega ‘miopia’ e é selecionada para medicina em vaga de deficiente

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Alegando miopia, ex-miss é selecionada para cursar medicina em universidade federal em vaga de deficiente. Caso ganhou holofotes após internautas denunciarem que a jovem leva uma vida de luxo

Hyalina Lins Farias

Hyalina Lins Farias, ex-miss Acre, foi selecionada pela segunda vez para cursar medicina na Universidade Federal do Acre (Ufac) por meio de uma vaga destinada a deficientes.

A seleção ocorreu pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em uma lista divulgada nesta segunda-feira (4) pela instituição de ensino superior.

A modelo de 21 anos foi alvo de polêmicas pelo mesmo motivo e a comissão avaliadora da universidade indeferiu a matrícula de Hyalina após ela ter sido selecionada na primeira tentativa.

O grupo avaliador da universidade entendeu que a candidata não tinha documentação necessária para provar a existência da deficiência.

A estudante alega que sofre de baixa visão desde a infância e que tem 20 graus de miopia e teria direito a uma vaga na modalidade.

As vaga destinadas a deficientes têm ainda como critério renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e ter cursado ensino médio em escolas públicas.

Além de afirmarem que a jovem não tem nenhuma deficiência, internautas que residem no Acre afirmam que Hyalina leva uma vida de luxo.

“O problema é que ela não cumpre os requisitos, tirou a vaga de uma pessoa que cumpre. Ela não tem baixa renda e nem é deficiente”, publicou uma jovem.

Defesa da estudante

Em nota, a defesa da ex-miss disse que ela sofre com deficiência visual desde criança e que, desde então, é acompanhada com oftalmologista.

“A modelo sempre buscou corrigir sua visão por meio de óculos e lentes. Contudo, o tratamento não é suficiente para reparar sua deficiência, impossibilitando-a de estar em grau de igualdade com pessoas que possuem visão regular”, afirmou a defesa.

A nota da defesa de Hyalina diz ainda que, desde a repercussão do caso, ela vem sendo atacada nas redes sociais. “Como se uma pessoa bonita não pudesse ter alguma deformidade ou limitação física e ou sensorial”.

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