Governador de Beirute diz que metade da cidade foi afetada pelas explosões. Marwan Abboud ainda chorou ao comparar a situação da capital do Líbano com Hiroshima e Nagasaki
Em entrevista à Sky News, o governador de Beirute, capital do Líbano, Marwan Aboud, chorou ao falar sobre as duas explosões que aconteceram nesta terça-feira, 4, na região portuária da cidade.
Ele ainda comparou as explosões à bomba atômica que atingiu as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial (veja aqui os vídeos da explosão).
“Parece o que aconteceu no Japão, em Hiroshima e Nagasaki. Isso é o que me lembra. Em toda a minha vida nunca vi uma destruição nesta escala”, disse o governador, aos prantos.
“É uma catástrofe nacional. É um desastre para o Líbano. Não sabemos como vamos nos recuperar disto. Temos que nos manter fortes, temos que ser valentes”, declarou.
Em entrevista à Al Jazeera, o general Abbas Ibrahim, chefe da segurança da capital, afirmou que a explosão parece ter começado em um armazém com material altamente explosivo que havia sido confiscado há anos.
Inicialmente, autoridades de segurança locais informaram à agência Reuters que, pelo menos, 10 pessoas perderam a vida em razão do episódio. Hamad Hassan, ministro da Saúde, divulgou um novo balanço às 16h, com 40 mortes e 2.500 feridos..
Integrantes da Cruz Vermelha afirmaram à agência Sputinik que várias casas estão destruídas e é possível que muitas pessoas estejam debaixo dos escombros.
Redação destruída
A jornalista Ghada Alsharif compartilhou imagens da redação do jornal “The Daily Star” em Beirute, na capital do Líbano, após a explosão na região portuária da cidade nesta terça-feira (04). A Cruz Vermelha relata “centenas de vítimas”, entre mortos e feridos.
Nas imagens compartilhadas por Alsharif numa rede social, é possível ver escombros do que restou de uma redação jornalística. Teto caído, mesas destruídas e papeis espalhados por toda a parte.
Pai e filho
Um vídeo mostra a reação de um homem e um garoto, dentro de casa, após a explosão. Nas imagens, um garoto é carregado por um homem – supostamente seu pai – e depois colocado debaixo de uma mesa após poder se notar um impacto de uma das explosões.
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