Rachel Sheherazade: Lava Jato agiu para inviabilizar candidatura de Lula
Rachel Sheherazade faz autocrítica e admite que Lava Jato agiu para tirar Lula das eleições de 2018. Apresentadora tem enfrentado problemas com Silvio Santos e deve deixar o SBT
Rachel Sheherazade declarou em uma live nesta segunda-feira (24) que “o Ministério Público e a Justiça usaram do seu poder persecutório para tirar o candidato que, segundo as pesquisas, ganharia a eleição de 2018”.
A jornalista e apresentadora do SBT referia-se à sentença que condenou o ex-presidente Lula no âmbito da operação Lava Jato. A decisão abriu caminho para a vitória de Jair Bolsonaro, que entregou o Ministério da Justiça a Sergio Moro, juiz responsável pela sentença.
Sheherazade, que anteriormente foi uma das principais vozes da direita brasileira, participou da live ao lado de Antonio Tabet, Mara Luquet, Leonardo Sakamoto e Flavia Lima.
Vc acha que @LulaOficial foi injustiçado? A análise de @RachelSherazade no Segunda Chamada https://t.co/mvPNcsjh5a pic.twitter.com/pHLsZbICPj
— MaraLuquet (@MaraLuquet) August 25, 2020
Atualmente, Sheherazade tem enfrentado problemas com o patrão Silvio Santos, aliado do presidente Jair Bolsonaro, e é provável que ela não renove o contrato com o SBT.
Contrariando ordens diretas do dono do SBT, Sheherazade voltou a usar o espaço do ‘SBT Brasil’ para opinar sobre os mais diversos fatos do dia — ela havia sido proibida de se manifestar sobre o noticiário.
Na edição desta segunda-feira, dia 24, ela voltou a aprontar e decidiu comentar a reportagem sobre o indiciamento da deputada Flordelis dos Santos pelo assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo (1977-2019). “Cristãos exemplares, cidadãos de bem, né? Estou pasma”, disse.
Ameaças
Rachel Sheherazade afirmou que ela e seus filhos recebem ameaças de morte constantes desde que começou a criticar Bolsonaro publicamente.
“Campanhas difamatórias, ataques em massa, ameaças de morte, ameaças contra meus filhos têm sido uma rotina desde que ousei criticar o então candidato Jair Bolsonaro, ainda no episódio da greve dos caminhoneiros em 2018”, disse.
