Kyle Rittenhouse (divulgação)
Vídeos flagraram supremacista de 17 anos executando manifestantes antirracismo nos EUA. Após matar as vítimas, o jovem passou tranquilamente ao lado das forças policiais
Um atirador de 17 anos, identificado como Kyle Rittenhouse, foi preso nesta quarta-feira, 26, acusado de homicídio após ter participado do tiroteio que matou duas pessoas e feriu uma terceira durante os protestos contra violência policial em Kenosha, Wisconsin, nos Estados Unidos.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o adolescente portando uma arma de cano longo, que parece um fuzil, andando na região dos protestos. Ele tem interações com a polícia, que pede para ele deixar o local, mas em nenhum momento os agentes tentam contê-lo.
Há outras imagens circulando nas redes sociais, que mostram o momento exato em que uma das vítimas é atingida pelo atirador, que, segundo a imprensa internacional, integra um grupo de supremacistas brancos. Os homens diziam que estavam fazendo a “segurança das propriedades privadas”.
O presidente republicano Donald Trump disse na quarta-feira ter falado com o governador democrata de Wisconsin, Tony Evers, que concordou em aceitar o apoio das forças policiais dos Estados Unidos.
Curso da polícia
Kyle Rittenhouse fazia parte de um programa de cadetes da polícia juvenil que “oferece aos jovens a oportunidade de explorar carreiras policiais”. As informações são da polícia de Grayslake, cidade onde aconteceu o curso.
Kyle Rittenhouse faz parte de um grupo de “milícias” fortemente armadas que surgiram após os protestos que ocorreram por conta do atentado contra Jacob Blake — o homem negro que foi alvejado nas costas sete vezes pela polícia norte-americana.
Kyle é um apoiador assumido de Donald Trump e participou de um dos seus congressos em janeiro deste ano. O jovem também está associado ao movimento ‘Blue Lives Matter’ — um movimento de apoio aos policiais criado como contraponto ao ‘Black Lives Matter’.
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