Redação Pragmatismo
Saúde 03/Set/2020 às 15:33 COMENTÁRIOS
Saúde

Bolsonaro diz que teve "posição ímpar" no combate ao coronavírus

Publicado em 03 Set, 2020 às 15h33

“Não vi um chefe de Estado no mundo tomar uma decisão como a minha”, afirmou Bolsonaro em evento. Como exemplo dessa suposta eficiência, o presidente disse que estudou o uso da hidroxicloroquina no tratamento do coronavírus

bolsonaro coronavírus
(Imagem: André Borges/Metrópoles)

Em evento lotado e que desrespeitou as regras sanitárias da quarentena para evitar a transmissão do coronavírus, que ainda segue em vigor no estado de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro diz que teve uma “gestão ímpar” da pandemia de covid-19.

“Desde o começo assumi posição ímpar, não só dentro do Brasil, mas como chefe de Estado no mundo todo. Não vi um chefe de Estado tomar uma decisão como a minha”, disse o presidente, que participou hoje da cerimônia de apresentação do projeto de uma ponte em Eldorado, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo.

Mais cedo pela manhã, o presidente já havia passado pela cidade de Pariquera-Açu, também no Vale do Ribeira, onde participou do anúncio da construção de outra ponte, esta com valor estimado em R$ 15 milhões.

Como exemplos dessa gestão citada por Bolsonaro, o presidente disse que estudou o uso da hidroxicloroquina no tratamento da doença causada pelo coronavírus. “Não sou médico, sou capitão do Exército, mas estudei”, afirmou.

Segundo o presidente, outro trunfo de sua gestão foi dar importância igual à economia e à questão sanitária. “Sempre disse também que tínhamos dois problemas: o vírus e o desemprego”, afirmou.

A prova dessa dupla prioridade teria sido, segundo o presidente, “o auxílio emergencial, que foi feito para durar três meses, prorrogamos por mais dois e fizemos uma proposta para o Congresso para que ele fique até o fim do ano com valor menor: R$ 300”, disse.

O Brasil está com um ministro da Saúde interino há mais de três meses, o general Eduardo Pazuello, que não é médico. Ele é o terceiro a ocupar o cargo desde o início da pandemia.

Estudos científicos internacionais e brasileiros apontam que a cloroquina e a hidroxicloroquina não ajudam a recuperar pacientes de covid-19 e tampouco curam a doença.

O auxílio emergencial proposto originalmente pelo governo Bolsonaro ao Congresso era de R$ 200. No Congresso, a oposição ampliou o valor para R$ 600.

Marcelo Zoyd, UOL

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