Empresário tirou foto com a noiva 5 minutos antes de morrer afogado em represa. Bombeiros alertam para o perigo de entrar na água em ambientes desconhecidos
O empresário João Guilherme Torres Fadini, de 24 anos, foi encontrado morto após se afogar na Represa Itupararanga na tarde da última segunda-feira (31), na Vila Industrial em Alumínio (SP).
A Polícia Civil informou que o jovem estava com a noiva e amigos e que ele provavelmente ingeriu bebida alcoólica. João tentou atravessar nadando de uma margem a outra, mas não conseguiu e se afogou.
Cinco minutos antes do afogamento, uma foto (acima) registrou o último momento de João Guilherme em vida, ao lado da noiva Larissa Campos.
Larissa afirma que eles estavam com um grupo de amigos para comemorar o pedido de casamento. O noivo pediu para tirar uma foto, deu um beijo nela e disse que ia dar um mergulho.
“Após o clique, ele tirou a camiseta e entrou na água junto com os nossos amigos. Eles começaram a brincar de nadar rápido e chegar em outra margem. Quase todos desistiram e sobrou apenas ele e meu cunhado Gabriel”, lembra Larissa.
Segundo a jovem, os dois começaram a pedir socorro e todos foram para ajudar. O cunhado dela conseguiu se apoiar em um tronco de árvore, mas João Guilherme já tinha sumido na água. Larissa afirma que foi a primeira vez em que o casal foi ao local e que ele sabia nadar.
“Enquanto os bombeiros não chegavam, nós procuramos por toda parte, mas sem sucesso. Quase 1h30 depois da chegada dos bombeiros, os mergulhadores encontraram o corpo dele. Estamos todos anestesiados, desacreditados, mas com firme esperança de que ele será nossa força e cuidará de nós”, relatou Larissa.
“Tudo que penso, sonho e planejo é ele. Agora, só me restaram lembranças de tudo o que vivemos e sonhamos em viver juntos. Sempre fomos muito intensos e com muito amor. Éramos um casal intenso e apaixonados um pelo outro e pela vida”, desabafou Larissa.
Riscos
Os bombeiros alertam para o perigo de entrar na água em ambientes desconhecidos, onde não se sabe como é o fundo, se tem muitas pedras, se tem correnteza e principalmente a profundidade. O cuidado vale mesmo para quem sabe nadar. Outra dica fundamental, segundo os bombeiros, é não entrar na água para ajudar quem está se afogando.
“Nadar em local desconhecido é um risco porque pode ter pedras sob a água”, alerta o bombeiro Hudson Maurício Humphreys. Nos rios, diz ele, a correnteza pode arrastar a pessoa e há redemoinhos que levam também para o fundo.
É importante ressaltar que em lagos, represas e rios também têm, além de pedras, lodos e galhos que podem prender o banhista. O tenente alerta que um dos principais problemas é a autoconfiança. “E bebida não combina com água”, diz.
“No caso de flagrar alguém se afogando, a orientação é não pular para salvar, pois, desesperada, a pessoa vai se agarrar ao outro banhista e os dois podem morrer. Tente estender um galho ou algo que flutue para a pessoa se agarrar”, afirma.
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