Responsável pela Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas recebe pena de censura por cortejar Bolsonaro em eventos públicos. Vídeo que rendeu punição ao juiz circula nas redes. Nas imagens, o magistrado fez até dancinha para se mostrar “terrivelmente evangélico”
Responsável pela Operação Lava-Jato no Rio, o juiz federal Marcelo Bretas recebeu nesta quinta (17) uma “pena de censura” do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
O TRF2 considerou que houve “superexposição e autopromoção” do magistrado ao participar de dois eventos públicos da agenda do presidente Jair Bolsonaro em fevereiro deste ano. Bretas esteve na inauguração da alça de acesso da Ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha e em um culto evangélico na Praia de Botafogo.
A representação contra o juiz foi aberta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para a entidade, Bretas teve atuação político-partidária ao participar dos eventos, o que é vedado à magistratura. A punição foi decidida por 12 votos a 1.
No entendimento do TRF-2, o titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro violou o Código de Ética da Magistratura e a Resolução nº 305/2019, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Mesmo não tendo discursado em momento algum ou praticado gestos, o juiz nada tinha que estar em uma atividade de inauguração com políticos de várias matrizes”, disse o relator em seu voto.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o evento em que Bretas cortejou Bolsonaro. Ao som do missionário R. R. Soares, o juiz fez até dancinha para se mostrar “terrivelmente evangélico”.
Veja abaixo:
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