Médica é picada por cobra venenosa durante banho em cachoeira, passa por cirurgia e está na UTI em MT. Vídeo flagrou momento do acidente
A médica Dieynne Saugo foi picada por uma cobra da espécie jararaca durante um banho na Cachoeira Serra Azul, em Nobres, a 151 km de Cuiabá (MT). O acidente aconteceu no último domingo (30).
Dieynne foi encaminhada ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) para receber o soro e depois foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular.
Por meio do perfil de uma rede social da médica, a família publicou um comunicado informando que Dieynne fazia um passeio pelos pontos turísticos da região quando ocorreu o incidente. Um vídeo gravado no momento do acidente mostra a médica pedindo socorro (ver abaixo).
A cobra teria despencado com a queda d’água da cachoeira e atingiu a médica que estava logo abaixo. Em nota, o Parque Sesc Serra Azul informou que a equipe de saúde da pousada foi acionada imediatamente, deu todas as orientações e está acompanhando o caso.
“Desde o funcionamento do Parque Sesc Serra Azul, em dezembro de 2011, quando a unidade foi aberta ao público, esta é a primeira vez que acontece um acidente desta natureza”, diz.
Segundo familiares, Dieynne passou por uma cirurgia na tarde desta terça-feira (1). “Ela está internada na UTI, teve duas picadas, mas está em estado estável. Agradeço pelas mensagens e apoio, só peço oração para passar logo, que sei que vai ficar tudo bem, porque quem está no comando é maior do que tudo”, disse a irmã da médica.
Especialistas afirmam que a cobra que picou a médica é uma das espécies mais perigosas do Brasil.
“A Jararaca tem desenhos que lhe proporcionam uma ótima camuflagem, o que torna difícil a visualização do animal, mesmo para olhos experientes. Em regiões de mata, sempre que for pegar algo no chão fique atento, porque a cobra ataca para se defender. Durante caminhadas, é importante usar um calçado, de preferência uma bota, e prestar muita atenção por onde pisa. A espécie é encontrada em todas as regiões do Brasil e possui um dos venenos mais letais”, afirma o pesquisador Paulo Sampaio.
VÍDEOS:
O veneno da jararaca despertou o interesse médico e é estudado há décadas, levando a diversas pesquisas para os meios de utilização de substâncias presentes como fármacos.
Em 1965 foi isolada a proteína de veneno da jararaca que, depois de estudos e testes, resultou em um remédio controlador da hipertensão, o captopril. Portanto, a conservação das serpentes venenosas brasileiras e mais estudos sobre a composição bioquímica das suas glândulas de veneno são importantes também pelo seu potencial farmacêutico, além do valor biológico em preservar a nossa biodiversidade animal.
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