Pai mata o próprio filho de 3 anos e transmite o crime por chamada de vídeo para a ex-esposa em Minas Gerais. O homem não aceitava o fim do relacionamento
Um pai de 24 anos matou o próprio filho, de 3 anos, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada desta segunda-feira (7).
O crime foi transmitido pelo assassino, em uma chamada de vídeo, para a ex-esposa. Segundo as autoridades, o homem não aceitava o término do casamento e tomou essa atitude como forma de “vingança” pela separação. Após o homicídio, o pai ainda tentou se matar, mas não conseguiu e foi levado ao hospital.
A mãe do agressor contou aos policiais que, no último sábado (6), o filho dela chegou com o neto em casa e fez uma ligação para a ex buscar a criança.
Na sequência, o homem mandou uma mensagem para a ex-esposa dizendo que iria matá-la. A mãe do homem e avó da criança tentou convencer o filho a entregar o menino e não cometer o crime, mas não conseguiu.
Durante a madrugada, a avó da criança acordou ouvindo o filho gritando dizendo que ia matar o menino. A mulher encontrou o neto caído na sala da casa e o filho se esfaqueando.
O homem segurava um celular onde transmitia o crime para a ex-esposa. A mãe dele saiu pelas ruas do bairro pedindo socorro para os vizinhos.
A criança foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para ser levada ao Hospital Regional de Betim, mas não resistiu aos ferimentos.
A mãe do menino confirmou que o crime aconteceu porque o homem não aceitava o fim do casamento. Familiares contaram que a mulher vivia um relacionamento abusivo e decidiu se separar.
O pai da criança foi levado ao Hospital Regional de Betim, onde ficou internado sob escolta policial. A perícia apreendeu a faca usada no crime. O homem responderá por homicídio qualificado.
Crime mais comum do que se imagina
Embora bárbaro, investigadores afirmam que este tipo de crime é mais comum do que se imagina no Brasil. No ano passado, Neri da Rosa, de 37 anos, matou o próprio filho de 4 anos em Curitiba (PR) porque não se conformava com o novo relacionamento amoroso da ex-mulher.
“Ele já sabia através de pessoas que ela teria uma outra pessoa. E queria pegar os dois juntos. Mas ela falou que o cara era forte, não tinha medo dele e estaria disposto a encará-lo se fosse necessário”, disse o delegado responsável por aquele caso.
O menino foi morto esganado pelo pai que, na sequência, cometeu suicídio. Ao lado do corpo do homem a polícia encontrou uma carta com 20 páginas nas quais ele criticou a ex-mulher em quase sua totalidade.
“Ele deixa tipo um diário para sua esposa, a condenando pelo fato absurdo que ele cometeu ao matar seu filho, uma criança, um anjo de quatro anos de idade”, explicou o delegado.
O filho é mencionado em uma única página, no fim, quando ele deixa claro suas intenções: “Nós dois trouxas [que seria ele e a criança] esperando por você e você só alegria, felicidade, prazer, tardes maravilhosas. Espero que tenham sido boas porque jamais terá isso [novamente]. Falei que ia acabar desgraçando a vida de sua família”, diz um trecho.
1 ano
Em dezembro de 2019, em Brasília, Roberto de Caldas Osório matou o filho de apenas 1 ano e 11 meses. O homem confessou ter dopado o menino com calmantes para adultos e abandonou o corpo às margens de uma rodovia.
De acordo com as autoridades, Roberto afirmou que tinha desavenças com a ex-mulher, mãe da criança. A Polícia Civil teve acesso a áudios e mensagens de texto em que o homem ameaçava sumir com o filho.
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