"Na camisa de militar ninguém encosta". Capitão da PM é preso em flagrante após agredir idoso por conta de esbarrão acidental. Vítima teve a cabeça atirada contra o meio fio e levou diversos chutes na costela. Policial já é investigado em processos por tortura e peculato
Um capitão da Polícia Militar do Ceará foi preso em flagrante por lesão corporal de natureza grave na noite da última terça-feira (6). O militar, que estava à paisana, agrediu um idoso de 70 anos.
Pessoas que estavam no local registraram o momento em que policiais militares tentavam conter o capitão que agredia o idoso após os dois se esbarrarem. As imagens mostram o militar gritando com os agentes, pedindo para usarem “a força” e mandado “retirar a mão” dele.
O nome do policial não foi divulgado pela PM nem pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).
O idoso foi socorrido com ferimentos na cabeça e levado por uma ambulância do Samu. “Foi muito murro. Ele deu um murro no nariz que derrubou no chão”, relatou uma testemunha.
Segundo testemunhas, a agressão iniciou após os dois passarem um pelo outro e encostarem os ombros acidentalmente. “Ele ia passando na hora e foi tipo uma batida de ombro entre os dois. O idoso só pegou na camisa dele para se afastar. Aí ele disse que na camisa de militar ninguém toca e era capaz de ele levar um tiro também. Ele agrediu o idoso com chutes e pontapés, tacou a cabeça dele em um meio fio de pedra e deu vários chutes na costela dele, que fraturou. Aí ele correu para perto de um taxista dizendo que o idoso queria roubar ele”, relatou outra testemunha.
Após ser detido, o policial foi levado à Delegacia de Assuntos Internos (DAI). Segundo a Polícia Militar do Ceará, “os detalhes circunstanciais e a motivação dos fatos serão apurados pelos órgãos competentes”.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) afirma ainda que determinou a instauração do “competente procedimento disciplinar, para devida apuração na seara administrativa”.
Segundo a CGD, o militar encontra-se no presídio militar e à disposição da Justiça.
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