Abraço afetuoso de Bolsonaro em Toffoli irrita Olavo de Carvalho, que chamou o presidente de "fracasso vivo"
O escritor Olavo de Carvalho fez duras críticas ao presidente brasileiro em post publicado nas redes sociais neste domingo (4).
“Como administrador público, o Bolsonaro é o mais honesto. Como estrategista na luta contra o comunismo, é um fracasso vivo rodeado de conselheiros ignorantes ou mal intencionados”, escreveu o guru do bolsonarismo.
Olavo de Carvalho, que vive nos Estados Unidos e tem milhares de seguidores nas redes sociais, é tido como responsável por indicações no primeiro e segundo escalões do governo, e já cobrou até mesmo a ajuda do presidente em relação a sentenças judiciais pelas quais foi condenado, por publicar posts com informações falsas.
A fala de Olavo ocorre um dia depois do encontro de Jair Bolsonaro com o desembargador Kássio Nunes Marques e abraço afetuoso em Dias Toffoli, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), ocorrido na noite de ontem, em Brasília.
Cobranças
Diversos apoiadores se manifestaram nas redes após Bolsonaro ser flagrado em encontro com Toffoli. “Meu presidente, bom dia. O senhor pode explicar isso? Sou eleitor seu, só não quero ficar com dúvidas de nada”, questionou um apoiador.
Vários outros bolsonaristas também publicaram a mesma imagem, flagrada por uma equipe do canal de notícias CNN Brasil, e reclamando do encontro. “Esse abraço fica para quem acreditava em um país melhor”, ironizou um apoiador.
Bolsonaro se encontrou com o desembargador Kássio Nunes Marques, indicado à vaga no STF no lugar do decano Celso de Mello, que irá se aposentar nos próximos dias. A reunião aconteceu na casa de Toffoli, que deixou a presidência da Corte no início do mês passado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), também participou do encontro.
Na saída do encontro, Alcolumbre disse que, na próxima terça-feira (6), haverá uma discussão no Senado sobre o calendário da tramitação da indicação de Kassio Nunes para substituir Celso de Mello. Para que o escolhido de Bolsonaro torne-se ministro do STF será necessário o apoio de 41 dos 81 senadores.
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