Em campanha para prefeito de João Pessoa, candidato do PSDB promete o enxugamento da máquina pública e o combate ao apadrinhamento político. No entanto, levantamento mostra que ele e a esposa receberam mais de meio milhão enquanto foram apadrinhados
Ruy Carneiro (PSDB-PB) é deputado federal e candidato a prefeito de João Pessoa, capital da Paraíba. Em plena campanha eleitoral, ele tem insistido na tese do enxugamento da máquina pública e do combate aos privilégios e ao apadrinhamento político.
No entanto, uma simples consulta ao portal da transparência mostra que Ruy e a esposa, Waleska Carneiro, receberam R$ 675 mil em salários enquanto eram apadrinhados políticos nos gabinetes de Pedro Cunha Lima e Cássio Cunha Lima, entre fevereiro de 2015 e agosto de 2018. As informações são do site Planalto em Pauta.
Em 2014, Ruy foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Cassio Cunha Lima. Derrotado nas urnas, acabou nomeado assessor parlamentar de Pedro Cunha Lima — filho de Cassio — na Câmara dos Deputados.
Não satisfeito, Ruy ainda conseguiu que a esposa fosse nomeada em cargo comissionado no gabinete de Cassio no Senado Federal. Apadrinhados pelos Cunha Lima, o casal recebeu mensalmente nos cargos públicos arranjados o valor de R$ 26 mil em um período de três anos e meio.
Segundo publicou o portal NegoPB, apenas no mês de agosto de 2018 o atual candidato a prefeito embolsou, enquanto Secretário Parlamentar de Pedro Cunha Lima, mais de 40 mil reais a título de “vantagens indenizatórias” (imagens abaixo).
Eleições em João Pessoa
No último dia 5 de outubro, o Ibope divulgou a mais recente pesquisa eleitoral para a prefeitura de João Pessoa. Os números mostram uma disputa acirrada, com vários candidatos tecnicamente empatados na margem de erro.
Numericamente, quem lidera é Cicero Lucena, do Progressistas, com 18% das intenções de voto. Em seguida aparece Nilvan Ferreira (MDB), com 15%. Ricardo Coutinho (PSB) soma 12% e Wallber Virgolino (Patriota) tem 10%.
Mais abaixo surgem Ruy Carneiro (7%), Edilma Freire (5%), Raoni (2%) e Anísio Maia (PT), com 1%. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. Brancos e nulos somaram 20% e 8% estão indecisos.
(Imagens: Reprodução/NegoPB)
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