Eleições 2020

Carlos Bolsonaro teve 35 mil votos a menos do que em 2016

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Carlos Bolsonaro foi reeleito para o 6º mandato como vereador no Rio de Janeiro, mas com uma votação expressivamente menor. Investigado por esquema de rachadinha, o filho do presidente enfrentou nas urnas a própria mãe, Rogéria Bolsonaro

Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro, filho ’02’ do presidente, viu seu desempenho eleitoral neste ano diminuir em 34% em comparação com a eleição de 2016. Há quatro anos, foram 106.657 votos. Desta vez, 71 mil.

Depois de 20 anos, Carlos Bolsonaro voltou a enfrentar a mãe, Rogéria Bolsonaro nas urnas. Mas, apesar do apoio dos filhos, Rogéria obteve apenas 2.034 votos e não se elegeu.

Em 2016, Carlos Bolsonaro foi o vereador mais votado do Rio de Janeiro. Desta vez, ele foi superado por Tarcisio Motta (PSOL), que somou 86.243 votos.

Aos 37 anos, Carlos dará início ao seu sexto mandato. Foi eleito pela primeira vez em 2000, quando tinha apenas 17 anos. Na ocasião, foi lançado por Jair para boicotar a candidatura de sua mãe.

Nas redes sociais, o desempenho de Carlos repercutiu. “Tendo a máquina e a mídia do governo federal, junto com o pai, mesmo assim perdeu 35.000 eleitores em relação à eleição anterior”, observou um internauta.

O filho ’02’ do presidente é investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio) por suposto esquema de rachadinha (recebimento ilegal de parte dos salários dos funcionários) e manutenção de funcionários fantasmas. Os crimes teriam ocorrido no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal.

Mais votados no Rio

Depois de Tarcisio Motta e Carlos Bolsonaro, em terceiro lugar aparece o soldado licenciado da Polícia Militar e youtuber, Gabriel Monteiro (PSD), com 60.326 votos. Envolvido em polêmicas e com histórico de faltas na PM, ele ficou conhecido após reunir 2,58 milhões de inscritos no Youtube. Adentrou a política por meio do MBL, mas logo se tornou bolsonarista.

Veterano, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) segue para seu terceiro mandato. O pai de Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados), que já foi prefeito duas vezes, teve 55.031 votos. Conhecido por ter um trabalho voltado para o funcionalismo público, Cesar Maia tem neste segmento seu principal eleitorado.

De volta à Câmara Municipal depois de 23 anos, Chico Alencar engrossará a fileira do PSOL na Casa. O partido conquistou sete cadeiras. Já foi vereador por dois mandatos, além de deputado estadual no Rio e deputado federal duas vezes. Na Câmara Federal, teve entre suas principais bandeiras o combate à corrupção e a maior transparência no Executivo e no Legislativo.

Vice dirigente de futebol do Flamengo, Marcos Braz (PL) conquistou 40.938 votos. Ele ganhou popularidade após sucessivas conquistas à frente do clube. Em 2009, quando Braz já ocupava o cargo de dirigente, o time foi campeão da Libertadores. No ano passado, o Flamengo venceu os campeonatos Brasileiro, Carioca e a Libertadores.

Novata na política, Tainá de Paula (PT) foi a nona mais votada na cidade. Ela foi a grande aposta do PT do Rio nestas eleições, com 24.881 votos. Militante do movimento negro, Tainá é arquiteta, urbanista, especialista em patrimônio cultural pela Fundação Oswaldo Cruz e mestre em Urbanismo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com atuação voltada para áreas periféricas, sobretudo na zona oeste, onde vive.

Mônica Benício (PSOL), viúva da vereadora Marielle Franco, executada em 2018, foi eleita e teve a 10º maior votação.

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