Redação Pragmatismo
EUA 04/Nov/2020 às 10:58 COMENTÁRIOS
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Eleições nos EUA: NYT crava vitória de Biden e ânimos se acirram

Publicado em 04 Nov, 2020 às 10h58

Biden ultrapassa Trump em Wisconsin e Michigan. Atual presidente ainda lidera na Georgia e na Carolina do Norte. Nevada e Alaska têm apurações lentas e Pensilvânia deve ser o último estado a fechar a contagem. Confira o cenário atual

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Majoritariamente democrata, imprensa dos EUA foi de euforia à desilusão com desempenho de Trump a partir do avanço da apuração dos votos durante a madrugada. No entanto, cenário nesta manhã mostra Biden vivo na disputa

As eleições presidenciais dos Estados Unidos permanecem indefinidas no final da manhã desta quarta-feira (4), embora grande parte da mídia tradicional americana aposte na vitória do democrata Joe Biden.

O New York Times e a CNN informam que 7 estados ainda não concluíram suas apurações, o que pode não ocorrer hoje, empurrando a definição por dias. Para que um candidato se sagre vencedor nos Estados Unidos, é preciso que ele conquiste pelo menos 270 dos 538 delegados do país.

Segundo os levantamentos, Biden já conquistou 238 delegados e Trump tem 213. Veja abaixo os estados com votação em aberto, a quantidade de delegados que cada um oferece e a porcentagem de votos que já foram apurados.

Pensilvânia: Oferece 20 delegados — Com 75% das urnas apuradas, Trump lidera com 12 pontos de vantagem.

Michigan: 16 delegados — Com 94% das urnas apuradas, Biden lidera com 0,2 pontos de vantagem.

Geórgia: 16 delegados — Com 94% das urnas apuradas, Trump lidera com 2 pontos de vantagem.

Carolina do Norte: 15 delegados — Com 94% das urnas apuradas, Trump lidera com 1 ponto de vantagem.

Wisconsin: 10 delegados — Com 95% das urnas apuradas, Biden lidera com 1 ponto de vantagem.

Nevada: 6 delegados — Com 67% das urnas apuradas, Biden lidera com 1 ponto de vantagem.

Alasca: 3 delegados — Com 45% das urnas apuradas, Trump lidera com 30 pontos de vantagem.

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as projeções da imprensa são relevantes na divulgação da conquista dos delegados.

Mais disputada que o previsto

O favoritismo de Biden, apontado como líder absoluto nas pesquisas, começou a ruir quando Trump venceu a disputa na Flórida, um dos mais importantes estados na corrida pela Casa Branca por contar com 29 delegados.

Em Ohio, que tem 18 delegados, Trump também venceu e enterrou as projeções de alguns institutos de pesquisa que apontavam para uma eleição tranquila em favor de Biden.

A esperança de Biden ficou nos votos enviados pelo correio. Quase 100 milhões de eleitores votaram antecipadamente — 62 milhões dos quais foram por correspondência.

Essa é opção de voto é a preferida entre os democratas, especialmente durante a pandemia do novo coronavírus.

Como a apuração dos votos presenciais ocorre primeiro, Biden passou a crescer no final da contagem, quando as cédulas enviadas por correspondência finalmente estão sendo computadas.

Por essa razão, Trump passou a semana toda insinuando fraude na votação pelos correios. Ontem, ele votou ao tema ao afirmar que iria à Suprema Corte pedir que a apuração seja interrompida.

Em seguida, o presidente declarou-se reeleito, mesmo antes do encerramento da apuração. Em resposta, a campanha de Biden chamou de “ultrajantes, sem precedentes e incorretas” as declarações de Trump.

Embora os analistas da CNN, da ABC e do The New York Times projetem uma vitória do democrata Joe Biden, é possível que o resultado oficial só seja revelado na próxima sexta-feira.

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