Redação Pragmatismo
Direita 24/Nov/2020 às 11:40 COMENTÁRIOS
Direita

Mulher que disse que “gays são o mal do mundo” é bolsonarista

Publicado em 24 Nov, 2020 às 11h40

Não falha nunca: internautas encontram imagem de Lidiane Biezok fazendo campanha para Bolsonaro. Mulher ganhou as manchetes após ataque racista e homofóbico em padaria na última semana. Lidiane já foi presa por furto e, apesar de se declarar 'advogada internacional', ela sequer possui registro da OAB

Lidiane bolsonaro
Lidiane

Internautas encontraram imagens de Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, ao lado de parentes ou amigos fazendo campanha para Jair Bolsonaro (partido).

A mulher foi filmada na noite da última sexta-feira (20) agredindo e proferindo ofensas racistas e homofóbicas contra clientes e funcionários de uma padaria em São Paulo.

Na esmagadora maioria das vezes em que há episódios descarados de ataques racistas ou homofóbicos no Brasil, é comum constatar que esses agressores possuem alguma identificação com a extrema-direita.

Foi assim com Mateus Abreu Almeida Prado Couto, de 31 anos, que no início do mês de agosto humilhou um entregador de comida em um condomínio de luxo em Valinhos (SP). Mateus é admirador de Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo.

Presa por furto

“Cidadã de bem”, Lidiane já foi presa por furto de roupas em uma loja da rede Zara, em 2016. Em 5 de abril daquele ano, ela foi flagrada tentando subtrair um blazer, uma blusa de moletom e duas camisas, avaliadas no total de R$816, no estabelecimento localizado no Shopping Bourbon, na capital paulista.

Segundo a denúncia do Ministério Público que consta no processo, na data do furto, Lidiane “apresentava comportamento estranho, falando alto e de forma desconexa, dentro do provador da loja.”

Ela deixou algumas roupas reservadas no caixa e saiu da loja dizendo que voltaria para pegar depois. Quando funcionários entraram no provador, constataram que alarmes tinham sido retirados de algumas peças de roupa.

Lidiane foi localizada dentro do shopping com as roupas em sua bolsa e, ao ser abordada pelos seguranças, disse: “Podem me levar, isso não vai dar em nada”. Ela foi presa em flagrante.

Em depoimento prestado na delegacia, Lidiane alegou ser portadora de “transtorno psiquiátrico e compulsão”, e que furtou as roupas após ter sido “acometida de um surto psicótico”. Disse, ainda, que não estava fazendo uso dos medicamentos para tratar seus transtornos por não ter dinheiro para comprá-los. Ela pagou fiança de R$450 e foi liberada.

“Advogada internacional”

Durante o ataque na padaria, Lidiane chegou a se identificar como ‘advogada internacional’. “Eu sou advogada internacional, cala a sua boca, sua bicha do c*”, disse Lidiane no vídeo no qual ofende um cliente do estabelecimento.

Ela também informou no boletim de ocorrência do caso, registrado no 91º Distrito Policial (DP), Ceasa, que é “advogada”. A mulher foi indiciada pela Polícia Civil por três crimes: injúria racial, lesão corporal e homofobia.

“A OAB SP esclarece que a senhora Lidiane Brandão Biezok não consta no sistema de cadastro da entidade e nem no Cadastro Nacional de Advogados (CNA), mantido pelo Conselho Federal da OAB, que exerce a função de fiel repositório do cadastro de todos os advogados do Brasil”, informou nota divulgada nesta segunda-feira (23) pela OAB em São Paulo.

Segundo fontes da entidade, existe a possibilidade de que Lidiane seja aluna de direito ou já tenha se formado no curso, mas não possua o registro.

Siga-nos no InstagramTwitter | Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS