Mulheres violadas

PM mata ex-namorada após fazê-la refém por mais de duas horas

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Mesmo com intermediação do Bope, jovem é sequestrada e morta por PM no RJ. Sem chance de defesa, universitária foi assassinada pelo ex com um tiro na boca

Mayara Pereira Fernandes, de 31 anos, foi assassinada na tarde hoje em Valença, no sul do Rio de Janeiro, depois de ser mantida refém pelo ex-namorado por cerca de duas horas e meia.

O assassino é o policial militar Janitom Celso Rosa Amorim. O crime aconteceu no estacionamento da Fundação Educacional Dom André Arcoverde, onde o PM mantinha a vítima sob a mira de uma arma dentro do carro.

Por volta das 10h30, a universidade informou que equipes de segurança viram os dois discutindo dentro do carro e, ao notar que o homem estava armado, chamaram a polícia. Durante o sequestro, alunos, docentes e funcionários ficaram trancados nas salas de aula.

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De acordo com a Polícia Militar do estado, a jovem foi mantida refém dentro de um carro. Logo após o disparo, Janitom foi imobilizado por policiais que negociavam a rendição e levado algemado para a delegacia. O PM era lotado no batalhão de Resende, município que fica na mesma região.

Além disso, todo o acesso à universidade foi bloqueado pela Polícia Militar. Os agentes do Batalhão de Operações Especiais, junto com outros policiais militares e policiais civis, fizeram a negociação para liberar a vítima, sem sucesso.

A jovem era aluna de um curso de pós-graduação da área de odontologia. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Escola, da própria universidade, mas não resistiu. A jovem sofreu quatro paradas cardíacas depois de ser atingida por arma de fogo e morreu antes de ser levada para cirurgia.

“Ficamos apavorados com o que estava acontecendo. Ela foi vítima de feminicídio dentro da faculdade, o ex fez ela refém por horas. Tinha muitos policiais militares, depois ainda chegou mais e ninguém foi capaz de evitar que ela fosse atingida. É revoltante, inacreditável. Eu estou em choque até agora”, afirmou uma aluna da universidade.

“Eu e meus amigos estávamos tendo aula quando tudo aconteceu, ficamos presos lá na faculdade até o término. Todos os dias homens nos matam e depois são soltos como se nada tivesse acontecido. Eu não a conhecia, sou estudante de medicina e ela era de odontologia, mas como mulher, sinto como se tivesse perdido alguém próximo. Muito triste isso”, desabafou.

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