Redação Pragmatismo
Notícias 25/Nov/2020 às 13:53 COMENTÁRIOS
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URGENTE: Diego Maradona morre aos 60 anos

Publicado em 25 Nov, 2020 às 13h53

O adeus de um gênio: Diego Maradona morre aos 60 anos. Maior ídolo do futebol argentino se recuperava de uma cirurgia no cérebro e sofreu mal súbito

Maradona
Maradona

Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos, após uma parada cardiorrespiratória. Um dos grandes da história do esporte e maior ídolo do futebol argentino, o astro sofreu o mal súbito no fim da manhã, quando ambulâncias foram chamadas à sua casa, onde se recuperava de uma cirurgia no cérebro.

O ex-jogador, porém, não resistiu, tendo sua morte confirmada pela imprensa argentina e pela TV pública do país no começo da tarde.

Maradona já havia preocupado os fãs no começo do mês, quando foi internado às pressas, com sintomas de anemia. Na época, foi descoberta uma pequena hemorragia no cérebro, e o ex-jogador precisou passar por uma cirurgia para drená-la. Após mais de uma semana de internação, ele recebeu alta no dia 12 de novembro e teria ficado em casa no período.

Campeão mundial com a Argentina em 1986, Maradona teve sua carreira marcada pela genialidade em campo e pelas polêmicas fora dele.

O camisa 10 defendeu a seleção em 91 jogos, atuando em quatro Copas do Mundo: 1982, 1986, 1990 e 1994. No Mundial dos Estados Unidos, viveu um dos piores momentos de sua trajetória, quando foi pego no exame antidoping ainda na primeira fase da competição.

Maradona, política e Brasil

Maradona atuou poucas vezes em solo brasileiro contra a seleção do Brasil e contra times brasileiros, sendo as quatro partidas realizadas no Maracanã, enquanto jogador profissional, não tendo obtido nenhuma vitória.

A rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina ofuscou de alguma forma a admiração do torcedor brasileiro por Diego Maradona.

“Maradora teve uma carreira excepcional no futebol, ao lado de uma vida pública altamente questionável. Esta vida pública, que não faz parte do futebol, afeta consciente ou inconscientemente sempre quando ele é alvo de alguma análise. O brasileiro já conhece esse condicionamento. Apesar disso, e sendo em sua grande maioria torcedor de Pelé e da seleção brasileira, sem paixões, e de forma objetiva, o brasileiro vê Maradona como um dos ‘maiores’, mas não tanto quanto Pelé” – analisa o argentino Martin Raviolo.

Não faltaram motivos para a desconstrução do mito Maradona no Brasil. A rivalidade Brasil x Argentina; a mitificação de Zico, as comparações com Pelé e o engajamento político do craque argentino, que após sua aposentadoria assumiu uma militância de esquerda, sendo sempre visto nas companhias de líderes políticos como Fidel Castro e Hugo Chaves. Sobre o Brasil, por diversas vezes o ídolo expressou seu apoio a Lula, denunciando a perseguição jurídico-política que o ex-presidente brasileiro sofreu.

Sempre houve uma má vontade da mídia brasileira para com o ídolo argentino, e isso ficou mais evidente após a conquista da Copa 86.

“Não é à toa que Diego Maradona começou a ser atacado pelas mídias empresariais a partir do momento em que assumiu posições políticas à esquerda, demonstrando suas simpatias por governos como os de Cuba e Venezuela. Ao contrário de Pelé, Zico e Neymar, que defendem o establishment conservador e de direita, Diego Maradona nunca poupou críticas ao oportunismo e à ganância dos dirigentes do futebol internacional, recusando-se a exercer o papel de ídolo bem-comportado” – observou o jornalista André Pellicione.

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