Redação Pragmatismo
Saúde 08/Dez/2020 às 21:54 COMENTÁRIOS
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Brasileira vacinada em Londres comemora: "Tem luz no fim do túnel"

Publicado em 08 Dez, 2020 às 21h54

"Tem luz no fim do túnel", diz brasileira de grupo de risco que está entre os primeiros vacinados para a Covid-19 no Reino Unido. A pesquisadora, que agora pretende retornar ao Brasil para o aniversário de 100 anos da mãe, disse que a injeção "dói menos que a da gripe"

brasileira vacinada Maria Lúcia Possa
Maria Lúcia Possa é uma das primeiras a receber a vacina da Pfizer no Reino Unido nesta terça-feira (8)

A brasileira Maria Lúcia Possa foi uma das primeiras pessoas no mundo a ser vacinada contra o Sars-Cov-2. Ela é pesquisadora no Hospital Universitário Royal Free, de Londres, um dos centros de aplicação da vacina da Pfizer no Reino Unido.

“Hoje é o primeiro dia, mas acho que a coisa mais importante é que tem luz no fim do túnel”, disse Possa. “Eu estou cansada, está todo mundo cansado — da doença, de ficar em casa, de todas essas restrições”, acrescentou a pesquisadora.

Possa contou que estava de folga quando um colega de trabalho falou para ela checar seu e-mail. Isso porque alguns dos funcionários do Hospital Universitário Royal Free seriam também vacinados nesta primeira fase da campanha.

O plano de vacinação do Reino Unido dividiu as pessoas em grupos. O primeiro, que começou a ser vacinado nesta terça-feira, inclui profissionais da saúde, pacientes idosos e pessoas dos grupos de risco.

“Como eu trabalho no sistema de saúde e sou do grupo de risco, por causa de um transplante de rins, eu fui uma das primeiras a ser chamada”, explicou Possa.

Ela disse que depois que tomar a segunda dose da vacina, que já está marcada para ser aplicada em 5 de janeiro de 2021, pretende voltar ao Brasil para o aniversário de sua mãe, que vai completar 100 anos.

A pesquisadora ressaltou a importância da ciência para a produção de um imunizante em tempo recorde. Segundo ela, a única coisa que pode acontecer é uma leve dor no braço e sintomas fracos de gripe, o que é considerado normal.

“Se te oferecerem [a vacina], toma”, disse Possa. “Eu quero a minha liberdade de volta, com a paz e segurança de que não vou infectar ninguém”, afirmou.

Segundo ela, a injeção “dói menos que a vacina da gripe”. A única diferença, explicou, é que a seringa é mais longa e demora mais para depositar toda a dose da imunização, em comparação com a vacina da gripe.

Os países do Reino Unido são os primeiros que começaram a vacinação em massa de sua população. Na primeira leva, cerca de 400 mil pessoas receberão duas doses cada — a vacina é administrada em duas injeções, com 21 dias de intervalo entre elas. Após a primeira dose já há alguma imunização, mas o efeito total é verificado sete dias após a segunda dose.

ENTENDA: É possível que a vacina da Pfizer nunca chegue ao Brasil

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