Europa

Casado com juíza, deputado conservador é flagrado em orgia gay

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Casado com uma juíza desde 1982, deputado de extrema-direita conhecido por discursos preconceituosos inflamados renuncia ao cargo após ser flagrado em orgia. O parlamentar, que é autor de lei que proíbe o casamento gay, estava com 25 homens

O deputado conservador József Szájer

József Szájer, eurodeputado húngaro de extrema-direita, foi preso na última sexta-feira (27) após participar de uma orgia na ‘Rue des Pierres’, famosa pelos bares da cena gay de Bruxelas, na Bélgica. Atualmente, a capital belga adota medidas de isolamento restritas para conter a nova onda do coronavírus.

De acordo com a polícia, havia muitas drogas no local e Szájer ainda tentou fugir, mas foi capturado. Inicialmente, a imprensa europeia noticiou que cerca de 25 homens participavam da orgia, mas não citou ninguém nominalmente.

No entanto, horas depois, jornalistas apuraram que um dos participantes do evento era József Szájer. O deputado, que representa a Hungria no parlamento europeu, decidiu renunciar ao cargo após a revelação da imprensa.

Além de Szájer, a orgia era composta por diplomatas e figuras que integram a chamada ‘alta sociedade’. Bruxelas, capital da Bélgica, é sede de parte dos escritórios da União Europeia.

József Szájer é um dos fundadores do partido conservador Fidesz, o mesmo do primeiro-ministro Viktor Orbán e com posições nacionalistas e críticas à população LGBTQ. Viktor Orbán é considerado pelo presidente Jair Bolsonaro um dos seus principais aliados na União Europeia.

Em maio deste ano, o partido de Szájer ajudou a aprovar uma lei que substitui a categoria de “sexo” no registro civil por “sexo atribuído em nascimento”, definido como “sexo biológico baseado em características sexuais primárias e cromossomos”. Na prática, a lei impede que transgêneros possam alterar seus documentos.

Szájer e seu partido são ainda responsáveis pela revisão constitucional que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Hungria.

Em sua carta de renúncia, Szájer escreveu: “Peço desculpas à minha família, aos meus colegas e aos meus eleitores. Esse passo em falso foi estritamente pessoal, sou o único responsável por isso. Peço a todos que não o estendam à minha pátria ou à minha comunidade política”

Szájer é casado desde 1982 com a jurista Tünde Handó, com quem tem uma filha.

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