"Parece que o Flávio é o maior bandido da Terra", esbraveja Bolsonaro
Questionado sobre o escândalo dos relatórios da Abin, Jair Bolsonaro pede um tratamento justo ao filho e esbraveja: "Parece que o Flávio é o maior bandido da Terra"
Questionado em entrevista ao programa do Datena sobre a acusação de que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) pode ter produzido relatórios que ajudaram a defesa do senador Flávio Bolsonaro, o presidente Jair Bolsonaro pediu um “tratamento justo” ao filho.
“Independentemente de ser o meu filho, precisa ver se tem a ver com ele. Torço por um processo justo e em alguns casos isso não está sendo feito”, disse o presidente.
Bolsonaro acusou membros do Ministério Público do Rio de Janeiro de até vazarem informações para a imprensa com o intuito de reproduzir notícias negativas do filho. “E fazem isso para me atingir. Não só com o Flávio, mas com mulher, ex-mulheres, outros filhos e amigos”.
O presidente citou o próprio caso Fabrício Queiroz, no qual o filho é investigado e que envolve a suspeita com a Abin. Para Bolsonaro, o antigo aliado “não foi ouvido ainda até hoje” e já foi condenado sem o processo ter sido concluído.
“É uma pressão que fazem em cima do meu filho para me atingir (…) Parece que o maior bandido da Terra é o Flávio Bolsonaro”, criticou.
Relatórios da ABIN
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), comandado pelo ministro-chefe Augusto Heleno, negou que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) tenha feito relatórios para ajudar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) no caso Queiroz, que revelou a existência de um suposto esquema de “rachadinhas” na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
A manifestação foi enviada hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) e atende a uma determinação imposta pela ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, que ontem deu um prazo de 24 horas para que Heleno e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin, prestassem esclarecimentos.
Uma reportagem da revista Época publicada na última sexta-feira (11) aponta que a Abin produziu dois relatórios em que detalha o funcionamento de uma suposta organização criminosa na Receita Federal que, segundo a defesa de Flávio, teria feito uma devassa nos dados fiscais do senador. Em um dos documentos, a finalidade descrita é “defender FB no caso Alerj”.
Os relatórios seriam desdobramentos de uma reunião realizada em agosto entre a defesa de Flávio com Ramagem, Heleno e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Planalto.
Procurada pela revista Época, a defesa do senador confirmou a autenticidade desses relatórios; o GSI, porém, negou, reforçando a afirmação ao STF.
informações de Band News