Surfista que provocou acidente com morte é solto e vai responder em liberdade

Felipe ‘Gordo’ Cesarano foi solto após determinação do juiz Alex Quaresma, responsável pela audiência de custódia que ocorreu na tarde desta quinta-feira (17).

O surfista de ondas grandes provocou na quarta-feira (16) um acidente que matou a vida de um militar da Marinha no Rio de Janeiro. Felipe estava bêbado e riu durante o exame de perícia.

Ao soltar Felipe, o juiz destacou que o surfista é acusado de homicídio culposo, “delito que não está inserido no rol dos crimes que admitem a prisão preventiva. Cabe ressaltar que ainda não é conhecida a dinâmica do evento. Nesta fase embrionária, em que sequer está concluída a perícia do local requisitada, não é possível presumir o dolo eventual. Ademais, o custodiado é primário, sem nenhuma anotação”.

Apesar da liberdade provisória concedida pela Justiça, o surfista terá que cumprir medidas cautelares como o comparecimento mensal ao juízo. Cesarano também está proibido de frequentar bares, casas noturnas e quaisquer locais onde sejam vendidas bebidas alcoólicas para consumo imediato. Ele também teve o direito de dirigir veículo automotor suspenso.

O acidente

Segundo testemunhas, Felipe Cesarano perdeu o controle de sua caminhonete, atravessou o canteiro central e bateu de frente com o carro do sargento, que vinha em sentido contrário. A vítima, que tinha 36 anos, morreu na hora.

O laudo da análise do exame de alcoolemia feito em Felipe Cesarano revelou que o atleta ria e falava de forma repetitiva e confusa durante o procedimento.

“Indagado refere que estava em uma boate por volta de 5h e que agora seriam sete horas e está no IML (Instituto Médico Legal), mas não sabe pra que. Ri durante o exame, fala de forma repetitiva, confusa, refere que teria tomado só cerveja. Não consegue realizar as manobras do exame neurológico de forma adequada (andar pé ante pé, fazer o quatro, dedo/nariz)”, diz o laudo.

A Polícia Civil disse vai buscar informações sobre a festa onde estava o surfista antes da colisão. “Ele estaria numa reunião com amigos, onde estava havendo um grande consumo de bebidas e drogas. A investigação quer descobrir se isso é verdade ou não, onde seria essa reunião, quem teria participado, se alguém estava promovendo esse evento, se ele de fato estava presente nessa festa e se realmente houve o consumo dessas substâncias horas antes de ele matar o militar da Marinha no trânsito”, disse o delegado Daniel Rosa.

Câmeras de segurança registraram o momento exato do acidente:

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