Médico brasileiro que defendia cloroquina e criticava OMS morre vítima de Covid-19
Médico que defendia cloroquina e debochava da OMS morre vítima de Covid-19. Bolsonarista, Laécio Patrocínio também era professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Morreu no último sábado (2) vítima de coronavírus o médico Lécio Patrocínio, de 68 anos. Defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Laécio era um militante pró-cloroquina e criticava as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Por conta da grave infecção desenvolvida a partir do agravamento do Covid-19, Laécio chegou a ficar um mês internado em Macaé (RJ) e há cerca de três semanas havia sido transferido para o Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, onde morreu.
Além de médico, Lécio era professor do curso de Medicina no campus Macaé. Em nota, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lamentou a morte.
“A Reitoria da UFRJ lamenta a morte do professor e presta sinceras condolências à família, aos amigos e à comunidade acadêmica macaense. Transmitimos força neste momento de pesar, nos primeiros dias de 2021”.
O prefeito da cidade, Welberth Rezende (Cidadania), também lamentou a morte nas redes sociais: “Um grande médico e ser humano que há décadas presta serviços relevantes à saúde de Macaé”, destacou.
Apesar das homenagens dedicadas a Laécio, algumas pessoas criticaram o fato de ele ter virado as costas para a Ciência durante a pandemia. “A cloroquina não o salvou. Morreu porque o Bolsonarismo sequestra o cérebro das pessoas e as torna insensíveis e ignorantes”, publicou um usuário.
Mais de mil mortes em 24 horas
O Brasil voltou a registrar mais de mil novas mortes causadas pela Covid-19 em um intervalo de 24 horas. Em boletim divulgado nesta terça-feira (5), o Ministério da Saúde confirmou que foram cadastrados 1.171 novos óbitos provocados pela doença de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, 197.732 pessoas morreram em todo o país.