Aos 6 anos, filha de casal viu pai assassinar a mãe e depois tirar a própria vida durante confraternização familiar. O empresário disparou 17 vezes contra a esposa
O empresário Alejandro Antônio Aguilera, de 41 anos, matou a própria esposa durante uma confraternização familiar na cidade de Ponta Porã (MS). Eliane Ferreira Siolim, de 34 anos, foi alvejada com 17 disparos de arma de fogo.
O feminicídio aconteceu na frente da filha do casal, uma criança de apenas 6 anos. Após cometer o crime, o homem tirou a própria vida com um tiro na cabeça.
O crime ocorreu nos fundos da casa de um sítio onde acontecia uma festa. A arma de fogo de onde saíram os tiros foi apreendida, assim como as munições deflagradas e um carregador sobressaliente municiado.
Eliane tinha 60 mil seguidores na rede social TikTok. Ela fazia sucesso com dublagens e alguns de seus vídeos chegaram a alcançar mais de 100 mil pessoas.
A fama de Eliane nas redes sociais chegou a ser uma das hipóteses levantadas pela Polícia Civil para o feminicídio. Segundo a investigação, o fato de Eliane ter muitos seguidores e fazer sucesso com dublagens poderia ter provocado ciúmes e motivado o crime. Testemunhas, entretanto, não confirmaram essa possibilidade.
“Nós ouvimos três familiares dela até o momento e eles disseram que a vítima já tinha esse perfil há muitos meses. O casal também estava junto há 12 anos. As testemunhas falaram que isso não procede, já que o ciúme do casal era mútuo e eles tinham uma relação um tanto quanto conturbada. Então, não temos nada que ligue este fato diretamente ao crime”, afirmou a delegada Marianne Souza.
Algumas testemunhas informaram que não presenciaram briga entre o casal no dia do crime, mas perceberam o momento em que eles se distanciaram e então ouviram os disparos da arma de fogo.
De acordo com a delegada, mais pessoas devem prestar depoimento nos próximos dias. Além de parentes, uma pessoa que trabalha no local onde ocorreu o crime, na cidade de Ponta Porã, também conversou com a polícia. Ele disse que o casal estava no local havia cerca de uma semana e “passaria um mês”.
A delegada afirmou que a criança de 6 anos ainda não foi ouvida e está sob os cuidados de familiares da mãe. “É preciso de uma oitiva especializada para ouvir o depoimento da criança na presença de uma equipe multidisciplinar, para que seja evitado sua revitimizacão e sofrimento por ter que contar tudo novamente”.
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