Polícia fala em homicídio seguido de suicídio em apartamento de luxo em Salvador. Pais do empresário de 35 anos estavam em casa e chegaram a ouvir os disparos. Arma utilizada no crime era do próprio empresário, que era frequentador de Associação de Tiro
A mulher suspeita de ter matado o namorado com um tiro, em um condomínio de luxo em Salvador, havia postado uma foto do casal nas redes sociais horas antes da morte de ambos. A polícia acredita que, após o crime, ela cometeu suicídio.
Elton Gonçalves Campelo, de 35 anos, tinha uma perfuração de bala na cabeça e seu corpo estava no quarto. Isabela de Araújo Valença, 33, foi encontrada morta no banheiro. Uma amiga do casal informou que eles mantinham um relacionamento aparentemente tranquilo.
Os dois estavam na capital baiana a passeio, hospedados no apartamento que pertence aos familiares de Elton. De acordo com a Polícia Civil, os pais de Elton estavam no imóvel e chegaram até a ouvir os disparos.
A arma usada no crime foi encontrada ao lado do corpo de Isabela. Daí parte a linha investigativa da polícia que acredita na versão de que ela matou o companheiro e em seguida cometeu suicídio. Além do fato em si, a motivação do crime segue sendo investigada pela polícia.
O casal morava em Petrolina (PE), apesar de ambos serem baianos. Segundo a amiga do casal, eles não moravam na mesma casa, mas trabalhavam juntos na administração de uma plantação de fruticultura.
O relacionamento começou no ano de 2018. O último registro publicado por Isabela, na noite do sábado (09), mostra o casal junto em um barco.
Outra amiga do casal afirmou que as duas famílias estão em estado de choque. O crime surpreendeu a todos porque, de acordo com testemunhas, Isabela seria uma pessoa muito calma, tranquila e sem demonstrações de atos violentos.
Arma do empresário
A pistola usada no crime que resultou na morte do casal de namorados era do próprio empresário. O empresário tinha autorização para porte de arma de fogo e era sócio do Centro de Treinamento de Tiro Prático (CTTP) há pelo menos dois anos. Ele frequentava o lugar uma ou duas vezes por mês.
A direção da associação, contudo, não conhece Isabela Valença. Ela tinha uma empresa especializada no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, em Petrolina.
Padrinhos de Isabela
Os pais dela “estão acabados”, relataram Celina Reis Cavalcanti, 70, e Carlos Cavalcanti, 68, padrinhos de Isabela. “Nós conversamos com os compadres, eles não conseguem entender. Acho que ninguém vai conseguir entender. É uma dor muito forte. Infelizmente, não tem o que fazer”, descreve Celina, que atualmente reside com Carlos nos Estados Unidos.
De acordo com o padrinho, ultimamente Isabela ajudava o pai a administrar suas empresas no ramo do agronegócio. Para Celina, embora fosse uma menina muito calada, Isabela era ao mesmo tempo uma pessoa família e próxima de todos.
“A casa dela está recheada de amigas, ninguém entende. Nós não entendemos. Nós estamos de longe acabados. Infelizmente, nós não podemos ir por causa da pandemia. Mas, sinceramente, é algo que não dá para entender. Elton também é filho de pessoas conhecidas, pessoas direitas, honestas”, disse.
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