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Veja os países que já proibiram voos do Brasil por causa da nova variante da Covid-19

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A partir desta sexta-feira, estão proibidos voos da Colômbia para o Brasil e vice-versa. O país sul-americano se soma a diversas outras nações que já estão se prevenindo contra a chamada “variante brasileira” da Covid-19

(Imagem: YakobchukOlena | Getty Images)

Jéssica Mayara, EM

O governo colombiano anunciou, nesta quarta-feira (27/01), que todos os voos direcionados ao território brasileiro ou originários do país serão suspensos a partir da próxima sexta-feira (29/01) por um período de 30 dias. Trata-se de uma medida preventiva para evitar a disseminação da nova cepa do Sars-Cov-2 encontrada no Brasil, mais precisamente no Amazonas, a chamada “variante brasileira”. Porém, a Colômbia não é o único país a restringir voos de e para o Brasil.

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Outros países da América do Sul, no Norte e da Europa também proibiram a entrada e saída de pessoas do Brasil. Foi o caso do Reino Unido, que ainda no meio do mês, no dia 14 de janeiro, declarou que todos os voos brasileiros estariam proibidos a partir do dia seguinte no país (15/01). E a restrição vai além: nenhum voo que tenha como origem o Reino Unido ou que faça escala nos países do grupo pode se destinar ao Brasil.

Em 19 de janeiro foi a vez do Marrocos anunciar a proibição da entrada de brasileiros no país, bem como de aviões vindos do Brasil. A Turquia também entrou nessa lista. Em 22 de janeiro, o ministro da saúde do país, Fahrettin Koca, anunciou a proibição de entrada de passageiros em voos do Brasil para a Turquia.

Já a Itália suspendeu os voos para o Brasil temporariamente até o fim do mês. Além disso, em solo italiano, a entrada de qualquer pessoa que tenha transitado pelo Brasil nos últimos 14 dias é proibida. E a restrição vale até para viajantes que já estão na Itália e tenham passado pelo território brasileiro. Esses turistas serão orientados e submetidos a um exame PCR para COVID-19 ou teste com antígenos.

Portugal, que tem forte ligação com o Brasil, também irá suspender voos entre o país e o território brasileiro a partir da próxima sexta-feira (29/01) até 14 de fevereiro. Para além da preocupação com a cepa encontrada no Amazonas, a decisão tem teor preventivo mútuo, haja vista a situação pandêmica do mundo e, também, do agravamento no número de casos no país português.

A partir de 31 de janeiro, os passageiros estrangeiros não residentes no Peru também não poderão entrar no país se estiverem voando do Brasil. Se os viajantes tiverem feito conexão em solo brasileiro nos últimos 14 dias, a entrada também é proibida.

Nos Estados Unidos também há restrições. Desde 26 de janeiro, o governo americano decretou que todos os passageiros a entrarem nos Estados Unidos devem apresentar resultado negativo para COVID-19.

Para isso, os viajantes precisam se submeter aos exames dentro de três dias antes da partida com destino ao país. Além disso, um formulário deverá ser preenchido on-line e apresentado em formato digital ou impresso. Quem não cumprir com as exigências estará proibido de embarcar.

Restrição também é ordem na Alemanha. Por isso, pessoas que tenham estado no Brasil 10 dias antes da entrada no território alemão, devem apresentar o comprovante de um teste referente a infecção ou não pelo Sars-Cov-2.

O teste deve ser feito em no máximo 48 horas antes da entrada no país e o comprovante do resultado do teste deve ser apresentado em papel ou em formato eletrônico em alemão, inglês ou francês. Na Argentina, os voos para e do Brasil foram reduzidos pela metade.

Para o infectologista Estevão Urbano, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e membro do Comitê de Enfrentamento à COVID-19, a restrição e/ou proibição de voos brasileiros é correta, haja vista a situação atual da pandemia e o ainda pouco conhecimento sobre a variante brasileira. Segundo ele, essa medida deveria ser adotada também dentro do território nacional brasileiro.

Essa suspensão de voos de outros países é bem correta, inclusive acho que deveria ser feito algum tipo de restrição dentro do país também, porque é uma cepa nova em um estado que está em colapso e com relatos de médicos sobre uma possível maior transmissibilidade e, talvez, eventualmente, até uma maior gravidade dos casos. E podemos ter problemas depois. Então, é mais que natural que se tente evitar que ela se espalhe até que se saiba exatamente o impacto que ela pode causar.”

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