Papa Francisco e papa emérito Bento XVI receberam a primeira dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19. "Vacina não é opção, é ação ética", disse o pontífice
O Papa Francisco, de 84 anos, e o Papa emérito Bento XVI, 93, foram vacinados contra a Covid-19, informou nesta quinta-feira o porta-voz da Santa Sé em um comunicado.
O Pontífice argentino recebeu a primeira dose da vacina ontem, enquanto o Papa emérito alemão foi vacinado esta manhã, como parte de uma campanha de vacinação que começou na quarta-feira para os funcionários do Vaticano, segundo o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.
Na semana passada, Francisco havia anunciado que se vacinaria contra o novo coronavírus. Em uma entrevista à rede Canale 5, transmitida no último sábado, o Papa criticou o que chamou de “negacionismo suicida” daqueles que se opõem a esta ferramenta contra a pandemia
“Acredito que do ponto de vista ético todos devem ser vacinados, porque você não só põe em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a dos outros”, afirmou o Pontífice.
“Quando eu era criança, lembro-me da epidemia de poliomielite, que deixou muitas crianças paralisadas e todo mundo esperava ansiosamente pela vacina”.
Diante de suspeitas infundadas em torno dos imunizantes desenvolvidos pela Covid-19 alimentadas por determinados segmentos da sociedade, Francisco enfatizou que é preciso se nortear pela ciência no Âmbito da pandemia:
“Crescemos na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isso, contra aquilo … vacinas que davam para crianças. Não sei por que alguns dizem ‘não, a vacina é perigosa’, mas se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta riscos particulares, por que não fazê-lo?”.
Francisco, além de compor o grupo de maior risco por conta de sua idade avançada, teve um pulmão removido por conta de uma doença durante sua juventude na Argentina. Já Bento XVI, que renunciou ao Papado em 2013, sofre de diferentes doenças em razão da idade, incluindo artrite.
O Vaticano registrou pouco menos de 30 casos da Covid-19 desde o início da pandemia. A maior parte deles ocorreu entre integrantes da Guarda Suíça, que vivem em alojamentos.
AFP
Siga-nos no Instagram | Twitter | Facebook